O ambiente de segurança continua complexo e pode mudar rapidamente”, lê-se num comunicado publicado no website da embaixada.
Nessa mesma nota informativa, é chamada a atenção dos cidadãos norte-americanos para o facto de que “o governo libanês não pode garantir a protecção dos cidadãos dos EUA contra surtos repentinos de violência e conflitos armados”.
“Cidadãos norte-americanos no Líbano não devem viajar para o Sul do Líbano, para a área da fronteira entre o Líbano e a Síria ou para campos de refugiados”, conclui a nota.
Nela, a embaixada dos EUA deixa várias sugestões, nomeadamente que os cidadãos “garantam” que têm “documentos válidos para viajar” e que “sigam de perto as notícias locais e internacionais”.
O Exército de Israel e o movimento político-militar xiita Hezbollah que possui uma importante implantação no Líbano e apoiado pelo Irão estão envolvidos em confrontos desde 08 de Outubro, um dia após os ataques do movimento islamita Hamas e de outras facções palestinianas em território israelita junto à Faixa de Gaza que provocaram cerca de 1130 mortos e 240 reféns.
As tensões agravaram-se nas últimas semanas e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, advertiu, recentemente, que o Exército israelita “está preparado para uma acção muito poderosa” na fronteira com o Líbano, enquanto o próprio Exército assegura possuir um “plano preparado”.
Em resposta, o número dois do Hezbollah, Naim Qassem, assegurou que uma expansão do conflito implicaria “devastação e destruição” em Israel.
O fogo cruzado e os ataques aéreos israelitas intensificaram-se nas últimas semanas, suscitando receios de uma guerra aberta entre as duas partes. Diversos analistas consideram que este cenário de conflito aberto pode ocorrer durante o corrente Verão.
O Governo de Israel tem aumentado o tom nas últimas semanas contra o poderoso movimento apoiado pelo Irão, e o Exército israelita anunciou, recentemente, a aprovação de planos operacionais para uma ofensiva em território libanês.
O Hezbollah afirma que já efectuou mais de 2.100 operações militares contra Israel desde 08 de Outubro, e na semana passada intensificou os seus ataques contra alvos militares no Norte do país após a morte de um dos seus principais comandantes num ataque aéreo israelita.
Mais de oito meses de violência provocaram pelo menos 473 mortos no Líbano, na maioria combatentes do movimento xiita libanês, e 92 civis para além de dezenas de milhares de deslocados, segundo a agência noticiosa AFP. De acordo com Israel, foram mortos no mesmo período 15 soldados e 11 civis israelitas.