Oficiais egípcios fizeram saber, essa Segunda-feira, que já tinham sido feitos vários avisos – todos eles ignorados – de que estaria em marcha um plano de ataque de grandes dimensões contra Israel, soube-se, ontem, de fonte oficial
A alegação surge numa altura em que muito se questiona a incapacidade dos serviços secretos israelitas para antecipar e preparar um ataque surpresa do Hamas.
Um funcionário egípcio, citado pelo The Times of Israel, indica que o Egipto, que serve, frequentemente, de mediador entre Israel e o Hamas, já havia falado, repetidamente, com os israelitas sobre “algo importante” que estava para acontecer, sem entrar em pormenores.
A mesma fonte refere que o governo israelita menosprezou e minimizou as informações que lhes foram sendo dadas, estando mais preocupados com a segurança da Cisjordânia, onde se tem registado um aumento de violência nos últimos meses, e ignorando os riscos oriundos de Gaza.
“Avisámo-los de que estava para chegar uma escalada da situação, muito em breve, e que seria grande. Mas eles subestimaram esses avisos”, disse à The Associated Press o funcionário, que falou sob condição de anonimato.
Com o código operação ‘Tempestade al-Aqsa’, o grupo islâmico Hamas lançou um ataque surpresa contra o território israelita, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizou como ‘Espadas de Ferro’.