Em Fevereiro, Bolsonaro passou duas noites na Embaixada da Hungria após ter o seu passaporte apreendido
O ex-presidente Jair Bolsonaro questionou esta segunda-feira, ao ser abordado por jornalistas, se era crime dormir numa embaixada.
Em Fevereiro, Bolsonaro passou duas noites na Embaixada da Hungria após ter o seu passaporte apreendido, segundo revelou o jornal americano The New York Times.
Na prática, pelo direito internacional, como as embaixadas são áreas invioláveis, Bolsonaro só poderia ser detido numa nova operação, com o consentimento do governo húngaro. “Porventura, dormir na embaixada, conversar com embaixador… tem algum crime nisso”.
O ex-presidente fez o comentário ao sair de um evento em homenagem à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no Theatro Municipal, no Centro da capital paulista, na noite desta segunda-feira.
“Tenha santa paciência, deixa de perseguir, pessoal, quer perguntar da baleia? Da Marielle Franco? Eu passei seis anos a ser acusado de ter matado a Marielle Franco. Vamos falar dos móveis do [Palácio da] Alvorada?”, atirou ainda, citado pelo g1.
O ex-presidente do Brasil estava sem passaporte quando deu entrada na embaixada húngara, em Brasília.
Dias depois, referiu num discurso no Rio de Janeiro que “podia estar noutro país”, mas que preferiu ficar. Embaixador húngaro foi chamado esta Segunda-feira ao MNE do Brasil, onde ficou por cerca de 20 minutos.
Note-se que o ministério dos Negócios Estrangeiros já ‘reagiu’, chamando, esta segunda-feira, o embaixador da Hungria no Brasil.
Paralelamente, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu o prazo de 48h para o ex-presidente Jair Bolsonaro explicar por que razão passou duas noites na embaixada da Hungria, em Brasília.