Por suspeitas de envolvimento russo no caso do envenenamento em Salisbury, no Reino Unido, a Casa Branca anunciou a expulsão de 60 diplomatas. 14 países europeus fizeram o mesmo
A Casa Branca anunciou a expulsão de 48 diplomatas e 12 funcionários das Nações Unidas, por suspeitas de envolvimento russo no caso do envenenamento em Salisbury, no Reino Unido. Ao mesmo tempo, o Governo alemão anunciou, também, a expulsão de quatro diplomatas ligados a Moscovo — e Berlim não foi a única capital europeia a anunciar este tipo de medidas, esta Segunda-feira: segundo o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, 14 países decidiram fazê-lo depois das conversas da cimeira europeia.
A decisão em Washington foi tomada “em solidariedade para com os nossos aliados mais próximos”, explicou fonte da Casa Branca a vários jornais, incluindo o The Washington Post. Ao expulsar os diplomatas, a administração Trump defendeu que muitos deles operam, na realidade, como funcionários dos serviços secretos russos. Estão nos EUA espiões russos “em número inaceitavelmente elevado”, defende a Casa Branca, ao mesmo tempo que encerrou, também, o consulado da Rússia em Seattle, no Noroeste dos EUA.
A fonte da Casa Branca garante que a intenção é proteger a segurança nacional dos EUA e “castigar” a Rússia: o envenenamento “foi uma tentativa irresponsável por parte do Governo para assassinar um cidadão britânico e a sua filha, em solo britânico, com um agente tóxico”.
Washington não tem dúvidas de que o Kremlin esteve por trás deste envenenamento e defende, por isso, que a atitude “não pode ficar sem resposta”. Depois de no Conselho Europeu os líderes políticos da União Europeia terem concordado que “muito provavelmente” o Kremlin terá estado envolvido na tentativa de assassinato a Sergei Skripal, 14 países europeus — entre os quais Alemanha, França e Ucrânia — tomaram, também, medidas contra Moscovo. Itália expulsou dois diplomatas russos do país.