De acordo com a agência, Kwak Jong-keun foi convocado para uma reunião do Comité de Defesa da Assembleia Nacional na Terça-feira (10), onde foi interrogado.
Durante a reunião, ele revelou que havia recebido uma ordem para estar pronto para realizar a apreensão ainda em 1º de Dezembro. “A missão dele era proteger seis locais: a Assembleia Nacional, três locais associados à Comissão Eleitoral Nacional, a sede do PD [Partido Democrático, maior oposicionista] e a Flower Research, uma empresa de pesquisa de opinião.
A missão foi ordenada a ele pelo então ministro da Defesa, Kim, por meio de uma linha telefónica segura”, cita a Yonhap o chefe das Forças Especiais sulcoreano.
Ele disse que então apenas pensou no conceito de como agir, se necessário. Mas o oficial militar previu que essas acções poderiam ser necessárias no caso de qualquer situação “na linha de frente”, ou seja, no caso de um conflito de fronteira com a Coreia do Norte.
Lei marcial na Coreia do Sul
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, anunciou, na Terçafeira, a lei marcial “para acabar com as forças pró-Coreia do Norte e manter a ordem constitucional liberal”, depois de o Partido Democrático da oposição ter apoiado um projecto de redução do orçamento e apresentado uma moção de impeachment contra o auditor de Estado e o procurador-geral.
As Forças Especiais do Exército foram enviadas ao parlamento do país para impedir a entrada de parlamentares, mas a Assembleia Nacional da Coreia do Sul ainda conseguiu se reunir e votar pelo fim da lei marcial.
Mais tarde, o líder sul-coreano pediu desculpas por ter imposto a lei marcial e disse que não a imporia novamente, nem evitaria a responsabilização política e legal. A oposição sul-coreana apresentou acusações de golpe de Estado contra o presidente, o ministro da Defesa, o ministro do Interior e da Segurança, e outros importantes militares e policiais.