Um funcionário do Departamento de Estado classificou as alegações cubanas como um esforço para menosprezar os seus próprios cidadãos no exterior. Havana flagrou tentativa de ataque terrorista vindo dos EUA no último Domingo (10).
Na Segunda-feira (11), o Ministério do Interior cubano alertou sobre “planos do Departamento de Estado dos Estados Unidos e da comunidade de inteligência para aumentar os ataques subversivos e violentos contra Cuba, a fim de gerar um surto social antes do final de 2023”.
O departamento norte-americano negou anteontem (12) que esteja a planejar ataques contra a ilha.
Num e-mail à agência Reuters, um funcionário do órgão estadunidense rejeitou a ideia. “As alegações de que os Estados Unidos estão a encorajar acções violentas contra o governo cubano são absurdas”, respondeu o responsável não identificado pela mídia.
Na semana passada, Havana publicou uma lista de mais de 80 cidadãos estrangeiros e entidades que acusa de terrorismo, incluindo influenciadores, dissidentes que residem nos Estados Unidos e um candidato a prefeito do condado de Miami-Dade, na Flórida.
No Sábado (9), Cuba também disse que frustrou uma conspiração terrorista arquitectada no vizinho Sul da Flórida, que envolvia um homem armado a chegar ao solo cubano vindo dos EUA através de um jetski.
Novamente, o responsável negou as acções no e-mail enviado à agência britânica. “Estas alegações mais recentes são a mais nova interacção dos esforços das autoridades cubanas para menosprezar os emigrantes que exercem a sua liberdade de expressão […]”, respondeu.
Um relatório recente do governo de Washington afirma que Havana também “concede porto seguro aos terroristas”, acusações que Havana nega.
A discussão acalorada sublinha a relação gélida entre Cuba e os Estados Unidos, que pouco melhorou desde que o presidente dos EUA, Joe Biden, assumiu o cargo em 2021.