O Tribunal Internacional de Justiça da ONU, em Haia, marcou a audiência pública para os dias 11 e 12 de Janeiro; numa acção interposta pela África do Sul, em Dezembro passado
A acção apresentada pela África do Sul na última Sexta-feira (29), alega uma série de “violações por parte de Israel das suas obrigações em relação à Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio [por agir] contra os palestinianos na Faixa de Gaza”, afirmou a corte.
No pedido de indicação, o tribunal também manifestou que as audiências serão dedicadas ao requerimento da África do Sul, medidas provisórias a fim de “proteger contra danos adicionais, graves e irreparáveis os direitos do povo palestiniano sob a Convenção do Genocídio”, além de garantir que Israel cumpra com as suas obrigações decorrentes da Convenção de não apenas não se envolver em genocídio, mas prevenir e puni-lo.
Quando a acção foi apresentada, o presidente de Israel, Benjamin Netanyahu demonstrou a sua insatisfação com o posicionamento sul-africano e chamou o processo de genocídio movido contra o seu país de “covardia”.
Washington também criticou o processo. John Kirby, coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, disse que a acção é “contraproducente e infundada.”
Desde o dia 7 de Outubro, quando a escalada do conflito entre Israel e o Hamas teve início, a partir ataque do movimento palestiniano que matou 1,2 mil israelitas, mais de 22 mil palestinianos morreram na Faixa de Gaza.