As fontes, que pediram para não serem identificadas, disseram à agência de notícias FrancePresse na Terça-feira à noite que a votação vai coincidir com uma reunião do organismo sobre a situação na Faixa de Gaza. Esta reunião do Conselho de Segurança, prevista há várias semanas, deverá contar com a presença de diplomatas de vários países árabes.
Na Terça-feira à noite, a representação da Palestina junto da ONU publicou na rede social X (antigo Twitter) um texto em que os países árabes demonstraram “apoio total” ao pedido palestiniano.
“Apelamos a todos os membros do Conselho de Segurança para que votem a favor do projecto de resolução apresentado pela Argélia em nome do grupo árabe (…).
No mínimo, imploramos aos membros do Conselho que ão obstruam esta iniciativa essencial”, afirmaram. O projecto de resolução da Argélia recomenda apenas à Assembleia geral da ONU que admita “o Estado da Palestina como membro das Nações Unidas”, algo que requer uma maioria de dois terços.
De acordo com a Autoridade Palestiniana, 137 dos 193 Estados-membros da ONU reconhecem unilateralmente o Estado da Palestina.
No entanto, a adesão de um país à ONU só pode ir a votação na Assembleia geral após uma recomendação do Conselho de Segurança, onde os Estados Unidos, aliados de Israel, podem usar o poder de veto.
Na semana passada, o viceembaixador dos EUA na ONU, Robert Wood, admitiu aos jornalistas que a posição norte-americana não mudou e o reconhecimento total da Palestina devia ser negociado bilateralmente entre Israel e os palestinianos, não na ONU, embora não tenha dito explicitamente que Washington ia vetar.
A Palestina é considerada um Estado observador na ONU desde 2012, um estatuto que partilha com o Vaticano. Em 2021, pediu a entrada como membro de pleno direito.