De acordo com as Nações Unidas, este é o maior afluxo de pessoas deslocadas do país em conflito numa única semana desde o início deste ano. O Chade acolhe, actualmente, mais de 600 mil sudaneses, mais do que qualquer outro país da região, enquanto a intensificação da violência na região de Darfur aumenta o número de civis forçados a abandonar as suas casas.
Desde que eclodiram as hostilidades entre as Forças Armadas Sudanesas e as Forças de Apoio Rápido, quase 3 milhões de pessoas fugiram do Sudão para países como o Chade, a República CentroAfricana, o Egipto, a Etiópia, a Líbia, o Sudão do Sul e o Uganda.
Entretanto, dentro das fronteiras nacionais, foram reportados quase 40 mil deslocamentos apenas nas primeiras duas semanas de Outubro, enquanto o número total é estimado em mais de 8 milhões.
O conflito que eclodiu em Abril de 2023 mantém 11 milhões de sudaneses fora das suas casas, naquela que os especialistas consideram a maior crise de deslocamento do planeta. Os combates também destruíram inúmeros meios de subsistência, mergulhando o país numa complexa espiral de fome e morte.