O ministro da Saúde, Joe Phaahla, apelou, ontem, à vigilância, após o país ter confirmado em laboratório, dois casos de cólera importados do Malawi.
Os casos foram comprovados em duas irmãs que viajaram juntas de Joanesburgo para o Malawi com o propósito de assistirem a um funeral e regressaram à África do Sul de autocarro, a 30 de Janeiro de 2023.
“Ambas tinham desenvolvido sintomas leves, como diarreia durante a deslocação, tendo uma delas sido internada numa unidade hospitalar com forte desidratação.
Durante a investigação e o seguimento dos contactos estreitos, os resultados foram positivos”.
O Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis (NICD na sigla em inglês) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) estão a acompanhar de perto esta situação na província de Gauteng.
A OMS não recomenda quaisquer restrições de viagem ou comércio aos países, com base na informação actualmente disponível, em conformidade com as normas sanitárias internacionais.
Os técnicos de saúde destacados nos principais pontos de entrada (terrestres e aéreos) permanecerão em estado de alerta para todos os viajantes oriundos de países que sofram surtos de cólera. A cólera não é endémica na África do Sul.
O último surto foi registado em 2008/9, com cerca de 12.000 casos.
Na altura, a doença havia sido importada do Zimba bwe e subsequente transmissão local nas províncias de Mpumalanga e Limpopo através de água contaminada, avançou o Departamento.
Embora a cólera seja muitas vezes previsível e evitável, a população tem sido instruída a manter uma higiene adequada das mãos depois de usar os sanitários, lavagem das frutas e verduras com água tratada, desinfecção da água para beber, não usar gelo duvidoso, para além de cuidar do saneamento do meio em que vivem (eliminando de forma segura os amontoados de lixo).