Cinco polícias foram detidos por alegadamente terem responsabilidade no incêndio em que morreram 68 pessoas, numa prisão do Estado venezuelano de Carabobo, 150 quilómetros a oeste de Caracas.
“O Ministério Público emitiu mandados de detenção contra cinco funcionários da Polícia de Carabobo, acusados de serem os responsáveis pelos trágicos factos que ocasionaram a morte de 68 cidadãos nos calabouços do comando dessa polícia regional”, anunciou o procurador-geral na rede social Twitter.
Segundo Tareck William Saab, os acusados “já estão detidos pela justiça”. “Entre esses funcionários detidos, destaca-se José Luís Rodríguez, sub-director dessa instituição policial. O Ministério Público garante o esclarecimento destes factos e sanções para os responsáveis, sem distinção”, sublinha. Segundo as autoridades venezuelanas, pelo menos 68 pessoas morreram na Quarta-feira, durante um motim no Comando Geral da Polícia de Carabobo, na cidade venezuelana de Valência, a 150 quilómetros a leste de Caracas.
A causa da morte da maioria das vítimas terá sido asfixia, na sequência de um incêndio alegadamente provocado pelos presos. No entanto, várias Organizações Não Governamentais e familiares das vítimas denunciaram que os presos foram maltratados, borrifados com gasolina e incendiados. Na Sexta-feira, o Governo venezuelano anunciou que vai indemnizar os familiares das vítimas. “Acordou-se o outorgamento de medidas de reparação, de conformidade com o estabelecido na Constituição da República Bolivariana da Venezuela”, é referido num comunicado distribuído em Caracas.