Um tribunal de Moscovo decretou prisão preventiva a um cidadão norte-americano detido no início do mês e que foi acusado de tráfico de droga, informaram, ontem, fontes judiciais russas.
“Numa decisão tomada a 6 de Janeiro, o tribunal de Ostankinski, em Moscovo, decidiu (…) deter Robert Romanov Woodland durante dois meses, até 5 de Março de 2024”, indicou o serviço de imprensa dos tribunais de Moscovo em comunicado.
Segundo a mesma fonte, o cidadão norte-americano é acusado, nomeadamente, de “adquirir, possuir, fabricar e transportar” drogas “em grandes quantidades”, um crime punível com uma pena de prisão até 20 anos.
Nos últimos anos, vários cidadãos norte-americanos foram detidos e condenados a longas penas de prisão na Rússia. Washington tem criticado Moscovo de “promover” detenções para depois trocar os prisioneiros por russos detidos nos Estados Unidos.
Um antigo fuzileiro naval, Paul Whelan, está detido na Rússia desde 2018 depois de ter sido condenado a 16 anos de prisão, em 2020, por espionagem.
No final de Março de 2023, os serviços de segurança prenderam também Evan Gershkovich, um jornalista norte-americano do Wall Street Journal, igualmente acusado de espionagem.
Em Outubro passado, foi também detida a jornalista russo-norte-americana Alsu Kurmasheva, que trabalha para a Radio Free Europe/Radio Liberty (RFE/RL). A jornalista está a ser julgada por divulgar “informações falsas” sobre o Exército russo.
Em Dezembro de 2022, a jogadora de basquetebol norte-americana Brittney Griner, condenada na Rússia por tráfico de canábis, foi libertada em troca de Viktor Bout, um traficante de armas russo que se encontrava preso nos Estados Unidos.