O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, disse em conferência de imprensa que a “região Ásia – Pacífico deve ser uma zona de desenvolvimento pacífico” e “não um palco de confrontos geopolíticos”, lembrando que Taiwan “faz parte da China” e é um “assunto interno” do país asiático
Lin reagiu assim às declarações do chefe do Comando Indo-Pacífico dos Estados Unidos, o almirante John Aquilino, que declarou, na Quarta-feira, acreditar que o Exército chinês estará pronto para invadir Taiwan em 2027 e que as Forças Armadas chinesas simulam há anos operações contra a ilha, incluindo bloqueios marítimos e aéreos.
O porta-voz da diplomacia chinesa advertiu que a “determinação, vontade e capacidade do povo chinês” para “defender a sua soberania nacional e integridade territorial” não devem “ser subestimadas”.
Lin condenou, igualmente, as tentativas de certos sectores dos EUA de “promover a teoria da ameaça chinesa” e de “aumentar a tensão” no Estreito de Taiwan.
Taiwan – para onde o exército nacionalista chinês do Kuomintang se retirou, depois de ter sido derrotado pelas tropas comunistas na guerra civil – é governada de forma autónoma desde 1949, embora a China reivindique a soberania sobre a ilha, que considera uma província sua para cuja “reunificação” não exclui o recurso à força.
A questão de Taiwan é um dos principais pontos de fricção entre Pequim e Washington, uma vez que os Estados Unidos são o principal fornecedor de armas a Taipé e comprometeram-se a defender a ilha em caso de conflito.