A China pediu às nações do BRICS que assumam maiores responsabilidades e que o bloco se estabeleça como inclusivo para o mundo diante das sanções ocidentais e das restrições comerciais impostas, afirmou o chanceler chinês Wang Yi.
A politização das questões económicas cresceu em conjunto às sanções unilaterais e barreiras tecnológicas, disse Wang na reunião de chanceleres do BRICS em Nizhny Novgorod, na Rússia, sem nomear nenhum país.
O chanceler também afirmou que o BRICS expandido deveria transformar o bloco em “um novo mecanismo de cooperação multilateral” impulsionado pelos mercados emergentes e pelos países em desenvolvimento.
As suas observações foram publicadas pelo seu ministério, segundo a Reuters. Em especial, Wang citou o Brasil, ao se encontrar com o seu homólogo brasileiro Mauro Vieira à margem da reunião do bloco.
Pequim disse que a China está disposta a trabalhar com o Brasil para permitir um papel maior para o BRICS na governança global e assegurar os interesses dos países em desenvolvimento.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, também ressaltou que o encontro do grupo reflecte o desejo dos membros do BRICS de desenvolver as suas relações com países interessados do Sul e Leste Global, dos países da Maioria Global, “para debatermos os temas mais prementes com os quais todos os membros da comunidade internacional devem invariavelmente lidar”.
A tendência principal, segundo Lavrov, é de fortalecimento da voz da Maioria Global, dos países que não fazem parte do Ocidente colectivo, na Ásia, África, no Oriente Médio, na América Latina e Caribe. “Unindo nossos esforços, podemos promover de forma efectiva um futuro considerado por todos nós como justo”, afirmou o chanceler, conforme noticiado.