A China felicitou, ontem, Nicolás Maduro pela sua reeleição como chefe de Estado da Venezuela, após uma eleição contestada pela oposição e por vários governos estrangeiros.
“A China felicita a Venezuela pelo sucesso das suas eleições presidenciais e felicita o Presidente Maduro pela sua reeleição”, declarou o porta-voz da diplomacia chinesa, Lin Jian, em conferência de imprensa, citada pela Lusa.
“A China está disposta a enriquecer a parceria estratégica (com a Venezuela) e a fazer com que os povos dos dois países beneficiem desta”, acrescentou. Beijing mantém boas relações com o Presidente venezuelano, que está isolado na cena internacional, e é um dos principais credores do país latino-americano, cujo produto interno bruto caiu 80%, em 10 anos, devido a uma grave crise económica.
A Venezuela almeja o apoio da China para reanimar a sua economia, que foi atingida por uma das piores taxas de inflação do mundo. Em Setembro, durante uma reunião em Beijing com Nicolás Maduro, o Presidente chinês, Xi Jinping, elevou as relações entre a China e a Venezuela ao seu mais alto nível protocolar. Apenas alguns países, Paquistão, Rússia e Bielorrússia, têm direito a este tratamento.
Maduro foi reeleito para um terceiro mandato à frente da Venezuela com 51,2% dos votos, mas a oposição reclama a vitória e rejeita os resultados anunciados no Domingo à noite pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que acusa de receber ordens do governo. O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, apelou à “total transparência do processo eleitoral”.