“A Ucrânia continua a lutar pelo seu direito à existência e o criminoso de guerra russo que se encontra nesta mesa deve saber que a Ucrânia vai conquistar esse direito e que a justiça vai prevalecer”, afirmou Sybiga, referindo-se a Lavrov.
Sybiga falava na reunião ministerial dos 57 países da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), de que Portugal faz parte, que se realiza na cidade de Ta’ Qali, em Malta. A deslocação de Lavrov a Malta é a primeira do ministro russo a um país europeu desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Em 2022, a Polónia, então anfitriã da OSCE, recusou-se a permitir que Lavrov participasse na cimeira, o que irritou a Rússia. Um porta-voz de Malta disse que Lavrov foi sujeito a um congelamento de bens pela União Europeia (UE), mas não foi proibido de viajar e foi convidado para “manter certos canais de comunicação abertos”.
Na intervenção na reunião da OSCE, o ministro ucraniano criticou a participação de Moscovo. “A participação da Rússia na OSCE é uma ameaça à cooperação na Europa”, afirmou Sybiga, citado pela agência francesa AFP.
O chefe da diplomacia da Ucrânia acusou ainda a Rússia de mentir quando fala de paz. A guerra da Rússia contra a Ucrânia deverá ser um dos temas em destaque na reunião da OSCE, que termina na sexta-feira.
A Rússia invadiu a Ucrânia em Fevereiro de 2022 para “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho, segundo justificou na altura o Presidente russo, Vladimir Putin.
Desde então, Moscovo declarou como anexadas à Federação Russa as regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, depois de ter feito o mesmo à Crimeia em 2014. A Ucrânia e a generalidade de comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas cinco regiões ucranianas.