Wang Yi reúnese com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo em Moscovo, na semana em que se assinala um ano da guerra na Ucrânia.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, reuniu-se essa Quarta-feira, em Moscovo, com o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, com quem abordará, entre outros assuntos, o conflito na Ucrânia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, indicou na Segunda-feira que não está descartado que o presidente russo, Vladimir Putin, receba Wang, que é director do Gabinete da Comissão de Relações Exteriores do Comité Central do Partido Comunista da China, cargo que é acima do ministro dos Negócios Estrangeiros.
Na Terça-feira, o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, assegurou a Wang Yi que as relações entre Moscovo e Pequim não serão afectadas por “circunstâncias externas”.
“O desenvolvimento da associação estratégica com a China é uma prioridade absoluta da política externa da Rússia.
As nossas relações têm o seu próprio valor e não estão sujeitas a conjunturas externas”, afirmou Patrushev a Wang, citado pela agência russa de notícias TASS.
O responsável russo defendeu ainda que, no contexto de uma campanha ocidental para “conter a Rússia e a China”, o aprofundamento dos laços bilaterais e da cooperação dos dois países na arena internacional é de particular importância.
“Quero reafirmar o nosso apoio inabalável a Pequim nas questões de Taiwan, Xinjiang, Tibete e Hong Kong, que são usadas pelo Ocidente como forma de desacreditar a China”, acrescentou.
Segundo Patrushev, a “transformação do sistema de relações internacionais num modelo multipolar” enfrenta “uma oposição crescente do Ocidente”, que procura manter a todo o custo o seu domínio global.
O secretário do Conselho de Segurança da Rússia alertou ainda Wang que os países ocidentais “denunciaram unilateralmente uma série de tratados internacionais, inclusive no campo do controlo de armas”.