Nas ruas de Damasco, na Síria, podia-se ver cartazes com fotografias do Presidente Bashar al Assad
Os manifestantes gritaram também “Alá, Síria e apenas Bashar”, numa referência ao Presidente sírio.
Centenas de sírios reuniram-se esta Segunda-feira numa praça histórica de Damasco em apoio às forças armadas sírias que consideram ter “enfrentado inéditos ataques aéreos” feitos pelo Ocidente no Sábado.
Segundo a comunicação social síria, os manifestantes concentraram- se na Praça Omayyad, onde agitaram bandeiras, lançaram fogo-de-artifício e disparam tiros para saudar “as conquistas do Exército Árabe sírio”.
Os manifestantes gritaram também “Alá, Síria e apenas Bashar”, numa referência ao Presidente sírio, Bashar Al-Assad.
Os EUA, a França e o Reino Unido realizaram, Sábado, uma série de ataques com mísseis contra alvos associados à produção de armamento químico na Síria, em resposta a um alegado ataque com armas químicas na cidade de Douma, Ghouta Oriental, por parte do Governo de Bashar al-Assad.
A ofensiva consistiu em três ataques, com uma centena de mísseis, contra instalações utilizadas para produzir e armazenar armas químicas, informou o Pentágono. O Presidente dos EUA, Donald Trump, justificou o ataque como uma resposta à “acção monstruosa” realizada pelo regime de Damasco contra a Oposição.
Segundo o secretário-geral da NATO, a ofensiva teve o apoio dos 29 países que integram a Aliança. O ataque da madrugada de Sábado foi uma reacção ao alegado ataque com armas químicas contra a cidade rebelde de Douma, em Ghouta Oriental, ocorrido no dia 7 de Abril e que terá provocado 40 mortos e afectado 500 pessoas.
Na sequência destes ataques, e a pedido da Rússia, realizou-se uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU, na qual foi rejeitada uma proposta de condenação da ofensiva militar, apresentada pelos russos. No Domingo, o Presidente russo, Vladimir Putin, avisou que novos ataques à Síria por parte dos países europeus e dos EUA podiam provocar “o caos” nas relações internacionais.
Enquanto o líder sírio, Bashar al-Assad, acusou os EUA e os seus aliados de lançarem uma “campanha de falácias e mentiras”, após a ofensiva militar lançada no Sábado por Washington, Londres e Paris.
Esta Segunda-feira foi entregue ao Conselho de Segurança da ONU um projecto de resolução sobre a Síria, que inclui um novo mecanismo de controlo sobre o uso de armas químicas. O texto, redigido pela França, abrange três áreas: química, humanitária e política, segundo fontes diplomáticas.