As autoridades alemãs realizaram buscas, ontem de manhã, em quatro regiões diferentes na Alemanha, visando encontrar membros e simpatizantes das organizações palestinianas Hamas e Samidoun, proibidas no país, informou o Ministério do Interior.
“Continuamos a nossa acção consistente contra os islamitas radicais.
Ao proibir o Hamas e o Samidoun, na Alemanha, enviámos um sinal claro de que não toleramos qualquer pedido de desculpas ou apoio ao terror bárbaro do Hamas contra Israel”, disse a ministra do Interior, Nancy Faeser, em comunicado de imprensa.
De acordo com as autoridades, 15 propriedades foram revistadas, ontem de manhã, por ordem dos tribunais administrativos.
A ministra proibiu as actividades do Hamas e da rede pró-palestina Samidoun, na Alemanha, em 02 de Novembro.
O Hamas tem cerca de 450 membros na Alemanha, segundo dados oficiais, sublinhando que as suas actividades vão desde “manifestações de simpatia, propaganda e até actividades de angariação de fundos ou doações” para “fortalecer a organização central no estrangeiro”.
No que diz respeito à Samidoun, é referido que esta rede “defende o uso da violência como meio de fazer valer interesses políticos e nega o direito de existência de Israel”.
Em 02 de Novembro, a Alemanha proibiu actividades no seu território ligadas ao Hamas, em particular as de uma associação cujos membros expressaram apoio aos ataques deste grupo islamita contra Israel.
A ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, anunciou a medida, alegando que o Hamas tem por objectivo “a destruição do Estado de Israel”.
Em 12 de Outubro, o chanceler alemão, Olaf Scholz, tinha antecipado que o Ministério do Interior iria “proibir a actividade do Hamas na Alemanha”, referindo-se a uma associação que lhe é próxima, Samidoun, “cujos membros celebram os actos terroristas mais brutais”.
Samidoun é uma organização “que realiza propaganda anti-israelita e anti-judaica sob o pretexto de ser uma associação de solidariedade com os prisioneiros”, acrescentou a ministra do Interior.
Para justificar a sua proibição, acrescentou que este movimento “apoiou e glorificou várias organizações terroristas estrangeiras”.
A Alemanha registou centenas de crimes ligados à guerra entre Israel e o Hamas desde o início do conflito, incluindo uma série de incidentes anti-semitas, nomeadamente o lançamento de dois cocktails molotov contra uma sinagoga, em Berlim.