Intensos bombardeios aéreos e combates abalaram o enclave rebelde sírio de Ghuta Oriental na Terça-feira, 6, enquanto França e Grã-Bretanha pediam uma reunião de emergência das Nações Unidas para discutir o aumento da violência no país.
No total, 805 civis, incluindo 178 crianças, morreram desde que as forças do governo apoiadas por seu aliado russo lançaram novos ataques contra o enclave localizado perto de Damasco, em 18 de Fevereiro passado, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
À medida que o regime se faz de surdo à trégua, França e Grã- Bretanha pediram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, que se reuniu ontem Quarta-feira às 17h00 para discutir os ataques aéreos e confrontos no enclave, apesar do cessar-fogo de um mês solicitado pelo órgão executivo das Nações Unidas há dez dias. O Exército russo, que intervém na Síria em apoio ao governo Bashar al-Assad, anunciou na Terça- feira que autorizaria, além dos civis, os rebeldes armados a deixarem Ghuta durante a trégua diária proclamada por Moscovo.
O regime sírio continua abombardear o Ghouta Oriental, e nesta Terça-feira atingiu as localidades de Saqba, Hamuriya, Jisrin e Duma, matando ao menos 24 civis, segundo o OSDH. A TV estatal informou que três civis morreram em Jaramana, na periferia de Damasco, atingida por um foguete disparado de Ghouta Oriental. Neste oitavo dia da trégua, “o corredor humanitário foi aberto não apenas para a população civil de Ghouta Oriental, mas também para os combatentes com suas famílias. Os membros das formações armadas ilegais foram autorizados a carregar sua arma pessoal”, indicou o general russo Vladimir Zolotukhin, citado pelas agências de notícias russas.