O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, garantiu, essa Segunda-feira, ao homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, que prestará “toda a ajuda necessária, seja ela qual for”, após o devastador terramoto registado na Turquia, perto da fronteira com a Síria Biden manifestou “as suas condolências em nome do povo” norte-americano e garantiu que as equipas de socorro enviadas pelos Estados Unidos serão “mobilizadas, rapidamente, para apoiar os esforços de busca e resgate”, salientou, em comunicado, a Casa Branca, sobre o diálogo entre os dois líderes.
O chefe de Estado norte-americano expressou também ao Presidente turco a disponibilidade das equipas norte-americanas para “coordenar outra assistência que possa ser necessária para as pessoas afectadas pelos terramotos, incluindo serviços de saúde ou materiais básicos de socorro”.
Em concreto, os EUA planeiam enviar duas equipas especializadas de busca e resgate urbano para a Turquia, com 79 pessoas cada uma, detalhou John Kirby, um dos porta-vozes da Casa Branca.
A par de países como Israel e os Estados Unidos, França divulgou que ia enviar, na Segunda-feira, à noite 139 equipas de resgate da segurança civil para a Turquia.
O Reino Unido vai enviar 76 especialistas em busca e salvamento, quatro cães treinados para este tipo de operações e equipamento como dispositivos de escuta sísmica, ferramentas de corte e fragmentação de betão e material para escoramento dos destroços.
O número de mortos, segundo os mais recentes dados oficiais, é superior a 3.600.
Na Turquia, o registo de vítimas subiu, esta Segunda-feira à noite, para 2.379 mortos, segundo o vice-Presidente Fuat Otkay, enquanto na Síria, o número de mortos é agora de quase 1.300, de acordo com o Ministério da Saúde e equipas de resgate.
Perante as condições, a Organização Mundial da Saúde alertou que espera um número final muito maior.
“Muitas vezes vemos números oito vezes maiores aos números iniciais”, realçou à AFP, Catherine Smallwood, gestora de emergência do gabinete europeu da OMS.
O tremor de terra ocorreu às 04:17 dessa Segunda-feira, a 33 quilómetros da capital da província de Gaziantep, no Sudeste da Turquia, próximo da fronteira com a Síria, a uma profundidade de 17,9 quilómetros.
Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) o sismo registou uma magnitude de 7,8 e sentiram-se dezenas de réplicas, uma das quais de pelo menos 7,6.
O sismo dessa Segunda-feira foi um dos mais fortes em 100 anos, a par do que abalou Erzincan, no Leste da Turquia, em 26 de Dezembro de 1939, também com magnitude de 7,8.
Este terramoto de 1939 deixou mais de 32 mil mortos e provocou um ‘tsunami’ no Mar Negro, localizado a cerca de 160 quilómetros do epicentro.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, instou essa Segunda-feira a comunidade internacional a ajudar milhares de famílias atingidas, salientando que “muitas já necessitavam urgentemente de ajuda humanitária”.
O representante permanente da Síria nas Nações Unidas pediu essa Segunda-feira à comunidade internacional ajuda nos esforços de resgate e humanitários, após o terramoto e assegurou que o Governo sírio está “preparado” para coordenar a assistência a “todo o território”.