O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, distanciou-se das polémicas declarações de um dos ministros do seu governo, que afirmou que havia a “possibilidade” de Israel lançar uma bomba nuclear sobre a Faixa de Gaza. “As declarações do ministro Amihai Eliyahu não são baseadas na realidade. Israel e as IDF Forças de Defesa de Israel operam de acordo com os mais elevados padrões do direito internacional para evitar ferir inocentes.
Continuaremos a fazê-lo até à nossa vitória”, lê-se na publicação partilhada pelo gabinete do primeiro-ministro israelita. Numa entrevista à Rádio Kol Berama, citada pelo The Times of Israel, o ministro do Património, Amichai Eliyahu, do partido de extrema-direita Otzma Yehudit, opôs-se ainda à entrada de ajuda humanitária no pequeno enclave e defendeu a retoma do território. “Eles podem ir para a Irlanda ou para os desertos, os monstros em Gaza devem encontrar uma solução por si próprios”, afirmou, acrescentando que qualquer pessoa que abane uma bandeira palestiniana ou do Hamas “não deveria continuar a viver na face da terra”.
Amihai Eliyahu não faz parte do gabinete de gestão guerra, criado na sequência dos ataques do Hamas de 7 de Outubro, nem exerce qualquer influência sobre este. De acordo com a Associated Press, Benjamin Netanyahu terá suspendido o ministro “das reuniões do gabinete até novo aviso”, o que não deverá ter qualquer efeito prático. De realçar que já morreram mais de nove mil pessoas na Faixa de Gaza, na sequência da ofensiva lançada pelas forças israelitas em resposta aos ataques do Hamas.