No mesmo dia, num encontro com o homólogo ucraniano, Andrii Sybiha, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês assegurou que a China vai continuar a “envidar esforços para alcançar a paz o mais brevemente possível”, segundo um comunicado da diplomacia chinesa, segundo a Reuters.
Durante a reunião com Lavrov, Wang disse que a China e a Rússia devem “continuar a erguer bem alto a bandeira do multilateralismo” e promover “um sistema mais justo e racional de governação global”.
O ministro chinês afirmou ainda que a China “apoiará plenamente” a Rússia para garantir o êxito da cimeira dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em Kazan, a fim de “abrir um novo capítulo de cooperação” no âmbito deste grupo de países emergentes.
Lavrov afirmou que a Rússia está “pronta a trabalhar com a China para promover um maior desenvolvimento das relações bilaterais”. Wang encontrou-se também com o seu homólogo ucraniano, Andrii Sybiha, a quem transmitiu que o seu país procura “manter o desenvolvimento estável das relações bilaterais”.
O diplomata chinês sublinhou que a China sempre defendeu “a resolução pacífica dos conflitos”, algo que “continua a ser verdade para a questão ucraniana”. “Também continuamos a acompanhar de perto a situação humanitária na Ucrânia.
A China forneceu quatro lotes de ajuda até à data e está pronta a oferecer assistência adicional, dependendo das necessidades dos ucranianos”, disse. Wang referiu ainda que a China “está pronta a manter a comunicação com todas as partes, incluindo a Ucrânia, num esforço para alcançar a paz numa data próxima”.
O mios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, de acordo com a declaração chinesa, manifestou a vontade de construir uma parceria forte com a China, acrescentando que “a Ucrânia valoriza muito a posição da China relativamente à crise e os seus esforços de paz”.
Desde o início do conflito, a China tem mantido uma posição ambígua, durante a qual tem apelado ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e à atenção às “preocupações legítimas de todos os países”, referindo-se à Rússia.
A China também procurou contrariar as críticas de que apoia a Rússia na sua campanha na Ucrânia e apresentou um documento de posição de 12 pontos sobre o conflito, em 2023, que foi recebido com cepticismo pelo Ocidente e por Kiev.