O governo chinês disse, ontem, que o balão avistado sobre a América Latina, e designado pelos Estados Unidos como um dispositivo de vigilância, tem origem na República Popular da China, mas que é de “natureza civil”, segundo a agência Reuters
Os militares norteamericanos abateram, no Sábado passado, por ordem do presidente norte-americano, Joe Biden, um primeiro balão chinês que sobrevoava os Estados Unidos, considerado pelo Pentágono como um dispositivo de espionagem, provocando fortes críticas de Beijing.
A China defende que se tratava de um balão de uso civil e acusou os Estados Unidos de exagerarem ao usarem a força.
No dia anterior, o departamento de Defesa dos Estados Unidos disse ter visto um segundo “balão de vigilância chinês” sobre a América Latina.
A Colômbia anunciou, no fim de-semana, que um balão sobrevoou o seu território.
“Verificamos que o balão não tripulado veio da China.
É de natureza civil e é usado para testes de vôo”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning.
Mao afirmou em conferência de imprensa que devido ao efeito do clima e devido às suas limitações em termos de manobrabilidade, este balão desviou-se em muito da sua trajectória planeada e foi parar ao espaço aéreo da América Latina e das Caraíbas.
A porta-voz não especificou a qual entidade pertence o balão.
A Força Aérea colombiana anunciou que o balão foi detectado na Sexta-feira de manhã e monitorizado até sair do espaço aéreo do país. As autoridades militares do país sul-americano asseguraram que o dispositivo em momento algum “ameaçou” a segurança e a defesa do país.
Não foram dados detalhes do seu paradeiro ou trajectória.