Steve Bannon, ex-estratega do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recuou no Domingo de comentários depreciativos atribuídos a ele sobre o filho de Trump num novo livro que provocou fúria na Casa Branca e pode ameaçar a influência de Bannon como um possível negociador político conservador.
Bannon, demitido da Casa Branca em Agosto, foi citado em “Fire and Fury: Inside the Trump White House” (Fogo e Fúria: Dentro da Casa Branca de Trump), do jornalista Michael Wolff, como tendo dito que um encontro em Junho de 2016 com um grupo de russos feito por Donald Trump Jr. E as principais autoridades da campanha de seu pai foi “traidor” e “antipatriótico”. O Presidente respondeu dizendo que Bannon perdeu o juízo, e a Casa Branca sugeriu que o site de notícias da extrema-direita Breitbart News rompeu com Bannon como seu presidente-executivo.
Bannon disse num comunicado divulgado no Domingo que seus comentários eram direccionados a Paul Manafort, ex-gerente de campanha de Trump, e não ao filho de Trump. “Donald Trump Jr. é tanto um patriota quanto um bom homem. Ele tem sido incansável na sua defesa de seu pai e da agenda que ajudou a mudar o rumo deste país”, disse Bannon em comunicado, que pode ter como objectivo salvar seu trabalho no Breibart. “Eu lamento que minha demora em responder aos relatos inexatos sobre Don Jr. desviou atenção dos feitos históricos do Presidente no seu primeiro ano na Presidência”, disse Bannon.
Polêmicas sobre o livro têm dominado a cobertura da mídia dos EUA há dias, colocando a Casa Branca na defensiva exactamente quando Trump e seus assessores tentam planear e chamar atenção para suas metas políticas para 2018 antes de uma eleição parlamentar em novembro. O livro descreve Trump, ex-estrela de reality show que assumiu a Casa Branca há cerca de um ano, como mentalmente instável e incapacitado para lidar com as demandas de seu cargo.