Todos ocupantes da aeronave Embraer 135 morreram no acidente de aviação de quarta-feira, anuncia a Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia (Rosaviatsiya) incluindo Yevgeny Prigozhin, líder do grupo mercenário russo Wagner
O avião fazia a ligação entre Moscovo e São Petersburgo, em que todos os ocupantes morreram, informou agência Reuters. Segundo a mesma fonte, estava também entre os passageiros Dmitry Utkin, um dos fundadores do grupo Wagner e ex-oficial das forças especiais russas.
“De acordo com a companhia aérea, os seguintes passageiros estavam a bordo do avião Embraer 135”, disse Rosaviatsiya, citando os nomes de Prigozhin e Utkin.
A Rosaviatsiya já havia indicado que na lista de ocupantes do jacto estava o nome de Prigozhin e que havia iniciado uma investigação sobre a queda do avião da Embraer, ocorrida na região de Tver.
Os serviços de emergência russos indicaram anteriormente que tinham recuperado oito corpos completamente carbonizados no local do desastre, mas sem obter identidades.
O Ministério de Situações de Emergência confirmou que o aparelho Embraer Legacy caiu perto da localidade de Kuzhenkino, quando fazia a ligação entre Moscovo e São Petersburgo, e que três das dez pessoas que viajavam a bordo do aparelho eram tripulantes.
“De acordo com dados preliminares, todos os que estavam a bordo morreram”, informou o Ministério de Situações de Emergência.
O governador de Tver, Igor Rudenia, assumiu o controlo pessoal da investigação sobre o sucedido com o avião civil.
Dados de monitorização de vôo consultados pela Associated Press confirmam que um jacto particular registado em nome do Grupo Wagner, e que Prigozhin tinha usado anteriormente, descolou de Moscovo e que o seu sinal desapareceu minutos depois.
O avião caiu na região de Tver, a mais de 100 quilómetros ao Norte da capital russa, onde não há aeródromos próximos.
O líder dos mercenários Wagner, de 62 anos, lutou ao lado do exército regular russo na Ucrânia e mantinha operações militares há longo tempo na Síria e em vários países africanos, e protagonizou há dois meses uma rebelião militar fracassada contra as chefias militares de Moscovo, na qual chegou a tomar uma das cidades mais importantes do Sul da Rússia, Rostov-no-Don.
Dados a mediação do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, Prigozhin concordou em retirar os seus mercenários e transferir a sua base para o território daquela antiga república soviética.
Depois de acusá-lo de traição, o Presidente russo, Vladimir Putin, recebeu-o no Kremlin (presidência), após o que Prigozhin anunciou o reinício das operações do Grupo Wagner em África.