No entanto, as atenções estão focadas para o prémio da Paz (11 de Outubro), num contexto internacional marcado por conflitos em diversas geografias. Pelo meio, serão atribuídos os galardões de Física (08 de Outubro), Química (09 de Outubro) e Literatura (10 de Outubro) e, a 14 de Outubro, será ainda conhecido o vencedor do prémio Sveriges Riksbank (o banco central sueco) em Ciências Económicas, em memória de Alfred Nobel, o patrono dos prémios, segundo o respectivo ‘site’ da Internet.
Todas as categorias serão anunciadas na Suécia, em Solna e em Estocolmo, excepto o Nobel da Paz que, como habitualmente, será atribuído pelo Comité Nobel Norueguês e terá como cenário o Instituto Nobel Norueguês, em Oslo, na próxima sexta-feira, 11 de Outubro.
Num contexto em que a guerra na Ucrânia vai entrar no terceiro ano e a região do Médio Oriente está envolvida num conflito com constantes níveis de escalada e com vários intervenientes (Israel, Hamas, Hezbollah, Irão), o Nobel da Paz recebeu 286 candidaturas este ano, 197 dos quais são pessoas e 89 organizações, de acordo com a organização dos galardões. Um número inferior aos 351 candidatos do ano passado, mantendo-se assim o recorde de 376 candidatos nomeados em 2016.
Entre os nomes mencionados como potenciais vencedores do galardão pela imprensa internacional, especialistas e pelas casas de apostas constam o do secretáriogeral da ONU, António Guterres, do opositor russo Alexei Navalny (que morreu em Fevereiro passado) e do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês) e o seu comissáriogeral Philippe Lazzarini, o Tribunal Internacional de Justiça, a UNESCO, o Conselho da Europa e o Gabinete das Instituições Democráticas e dos Direitos Humanos da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) também são mencionados como favoritos.
Por outro lado, os ‘media’ internacionais apontam para um “ano em branco” não atribuir o prémio, o que já aconteceu 19 vezes ao longo dos seus mais de 100 anos de história, a última das quais em 1972, no auge da guerra do Vietname.