A proposta revisada de cessar-fogo em Gaza inclui novas condições de Israel para a troca de reféns e pede a retirada de uma série de cláusulas, disse o Hamas nesse Domingo (18).
O gabinete do primeiro-ministro israelita disse no início do dia que Benjamin Netanyahu continuou a trabalhar para avançar num acordo sobre a Faixa de Gaza que maximizaria o número de reféns libertados, e insistiu que as Forças de Defesa de Israel (FDI) permanecessem no corredor da fronteira entre Gaza e Egipto.
“Ela [a proposta] estabelece novas condições para a troca de prisioneiros e a retirada de uma série de cláusulas, o que dificulta a conclusão de um acordo de troca”, disse o movimento palestino num comunicado.
As novas demandas e condições estão a ser estabelecidas para “anular os esforços da ONU e dos mediadores e prolongar a guerra”, afirmou o Hamas. No entanto, o acordo de cessar-fogo “atende às condições de Israel”, acrescentou o movimento.
As negociações sobre um cessarfogo na Faixa de Gaza foram realizadas em Doha na última Quintafeira (15) e Sexta-feira (16), com a participação do Qatar, Egipto, Estados Unidos e Israel.
A liderança do Hamas recusou participar nas negociações devido à falta de detalhes sobre os termos da trégua. Uma declaração conjunta dos Estados Unidos, Qatar e Egipto, divulgada pelo gabinete do presidente egípcio Abdel Fattah el-Sisi, informou que os mediadores apresentaram a Israel e ao Hamas uma proposta de cessar-fogo que reduziria as diferenças entre as partes.
Segundo o comunicado, as conversações realizadas Quinta e Sexta-feiras, em Doha, foram sérias, construtivas e decorreram num ambiente positivo.
O comunicado afirma que funcionários do alto escalão dos governos do Egipto, dos Estados Unidos e do Catar se reunirão no Cairo antes do final da próxima semana na esperança de chegar a um acordo nos termos propostos na próxima Sexta-feira (23).