A Arábia Saudita manifestou desinteresse em aderir à recente coalizão liderada pelos Estados Unidos no mar Vermelho contra os ataques dos houthis, conforme relatos do The New York Times com base em autoridades americanas e sauditas.
O reino prioriza a segurança interna e o desenvolvimento económico, considerando a busca pela paz na sua fronteira Sul como um objectivo mais atrativo.
Após oito anos de conflito com os rebeldes, que impactaram significativamente as finanças sauditas e contribuíram para a crise humanitária no Iêmen, a Arábia Saudita prefere focar na sua estabilidade interna, conforme publicou o jornal.
O príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman Al Saud busca transformá-lo num centro de negócios até 2030. Ele procura resolver conflitos e reduzir tensões no Oriente Médio, incluindo uma possível aproximação com o Irão, seu rival regional.
A estabilidade e a paz são consideradas cruciais para atrair turistas e tranquilizar investidores sobre os negócios na Arábia Saudita.
O Iêmen enfrenta um conflito armado desde 2014 entre as forças governamentais e os rebeldes houthis, intensificado pela intervenção da coalizão liderada pela Arábia Saudita, em 2015.
O recente aumento dos ataques a navios no mar Vermelho motivou os EUA a formarem uma coalizão marítima, à qual a Arábia Saudita optapor não se juntar.
Os houthis prometeram atacar navios que participarem nessa coalizão, liderada pelos norte-americanos.