Segundo um comunicado do director-geral da agência internacional, Rafael Mariano Grossi, apenas dois dos nove reactores estão a produzir electricidade em plena capacidade, seis outros viram a sua capacidade reduzida entre 40% e 90% e o nono está encerrado para manutenção.
“As centrais nucleares necessitam de ligações fiáveis à rede, tanto para fornecer a electricidade que produzem como para receber energia externa para o arrefecimento dos reactores.
A crescente fragilidade da rede tem sido um dos principais desafios à segurança nuclear ao longo do conflito armado”, lamenta a agência. Grossi deixou ainda um apelo: “neste momento crítico, reitero a importância de respeitar os sete pilares indispensáveis da segurança nuclear durante o conflito, em particular o quarto pilar, que afirma que deve haver um fornecimento seguro de energia da rede a todas as instalações nucleares”.
O Ministério da Defesa da Rússia confirmou, ontem, um ataque massivo a infraestruturas militares e energéticas na Ucrânia, que Kiev tinha já denunciado. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse, ontem, que a Rússia lançou 120 mísseis e 90 drones contra infraestruturas energéticas na Ucrânia, num ataque em grande escala.
Segundo o líder da Ucrânia, a Rússia utilizou vários tipos de drones, incluindo Shaheds, mísseis de cruzeiro e balísticos lançados por aeronaves. As forças de defesa ucranianas abateram 140 alvos aéreos, afirmou ainda numa declaração no Telegram, citada pela Associated Press.
O ataque combinado de drones e mísseis foi o mais poderoso dos últimos três meses, de acordo com o chefe da Administração Militar de Kiev, Serhii Popko. “O alvo do inimigo eram as nossas infraestruturas energéticas em toda a Ucrânia.
Infelizmente, há danos em objectos provocados por impactos e queda de destroços. Em Mykolaiv, como resultado de um ataque de drone, duas pessoas foram mortas e outras seis ficaram feridas, incluindo duas crianças”, indicou.
A operadora de energia ucraniana DTEK já tinha anunciado, ontem, que se registaram “cortes de energia de emergência” na região de Kiev e em duas regiões do Leste do país, após um ataque russo à rede energética do país. Além dos cortes de energia de emergência na região da capital, foram atingidas as regiões de Donetsk e de Dnipropetrovsk, escreveu a empresa na rede social Telegram.
Os ataques russos têm afectado a capacidade de produção de energia da Ucrânia desde a invasão, por Moscovo, em Fevereiro de 2022, provocando repetidos cortes de energia de emergência e apagões contínuos a nível nacional.
As autoridades ucranianas têm instado, regularmente, os aliados ocidentais a reforçar as defesas aéreas do país para combater os ataques e permitir reparações.
Segundo informações locais, foram ouvidas, ontem, explosões em toda a Ucrânia, incluindo a capital, Kiev, o importante porto de Odessa, no Sul do país, bem como nas regiões Oeste e central.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de Fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no Leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991 – após a desagregação da antiga União Soviética – e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram, entretanto, a concretizar-se.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território, e a rejeitar negociar enquanto as forças ucranianas controlem a região russa de Kursk, parcialmente ocupada em Agosto.
Decorreu esse Sábado, 16 de Novembro, mais uma edição do concurso Miss Universo, este ano organizado no México e que, pela primeira vez, contou com a participação de mães.
A dinamarquesa Victoria Kjaer Theilvig foi coroada vencedora. Da parte de Portugal, o país esteve representado por Andreia Correia, que tinha sido eleita Miss Portugal 2024 em Junho deste ano, tornando-se a primeira mulher negra a concorrer por Portugal ao Miss Universo.
Ainda que não tenha chegado aos primeiros lugares, um dos momentos da jovem tem estado a dar que falar já que, durante a categoria de apresentação em “trajes nacionais”, Andreia surgiu vestida de Nossa Senhora de Fátima.
Com um vestido branco com uma cruz dourada e com pedras azuis na zona do peito, bem como com a coroa que associamos a esta figura, a candidata nacional levou ainda consigo uma bíblia, durante este desfile.
Segundo cita a revista MAGG, o momento, partilhado nas redes sociais, levou a vários comentários, entre elogios mas também algumas críticas, situação essa que motivou a que a página ‘Miss Portugal Universo’ acabasse por desactivar a caixa de reacções.
De acordo com a publicação já citada, e ainda antes de se fechar a caixa de comentários, alguns internautas acabaram ainda por fazer comparações entre o traje escolhido para uma das partes do desfile com a polémica situação protagonizada pela ‘influencer’ Marie, numa igreja na Covilhã.