Os principais meios de comunicação, muitas organizações e diferentes partidos políticos saudaram, Quinta-feira, a demissão, um dia antes, de Jacob Zuma.
A Aliança Democrática (DA), o partido da oposição oficial, regozijou-se com “esta demissão que demorou demais” e pede a Zuma para responder por 783 acusações que o esperam perante os tribunais. “Mesmo no seu discurso de demissão, ele recusou-se a reconhecer a sua responsabilidade pelas suas acções, nomeadamente torturas e danos causados ao país. Esse desprezo também insolente decorre da patologia e revela a verdadeira natureza de Jacob Zuma”, denunciou Mmusi Maimane, líder da DA.
Segundo ele, Zuma, construiu um sistema de corrupção que infiltrou todos os segmentos do Governo e o sistema da justiça criminal. A Fundação Ahmed Kathrada, por sua vez, considera que os sul-africanos merecem conhecer a amplitude dos danos causados ao país sob a administração do presidente Zuma. “Esperamos que as diferentes comissões e investigações em curso sobre “a penhora do Estado e das entidades estatais nos possam revelar”, declarou Neeshan Balton, director executivo da Fundação Kathrada. Disse esperar, por outro lado, que os organismos encarregues de aplicação de leis estejam determinadas a investigar e processar aqueles que tenham facilitado essa penhora do Estado.
As consequências devem ser sérias e dissuasivas e a justiça deve ser feita”, insistiu. A organização AfriForum, por sua vez, lança uma campanha para o “processo Zuma” no sentido de exercer pressão sobre a Autoridade Nacional de Investigação Criminal (NPA) a fim de processar penalmente o Presidente cessante. “Jacob Zuma fugiu da justiça durante um tempo bastante longo. É hora de ele ser julgado”, martelou Monique Taute, directora da AfriForum .