Abdelmadjid Tebboune foi reeleito Presidente da Argélia este domingo (08.09) com uma vitória “esmagadora”. Mas alegações de irregularidades prejudicam o processo
As alegações de irregularidades na sequência do anúncio dos resultados prejudicam o que antes “parecia ser uma vitória esmagadora” do chefe de Estado de 78 anos. E contradizem as suas próprias declarações, no dia anterior, em que afirmava “transparência”.
“A campanha eleitoral foi muito transparente. Os candidatos estiveram à altura da tarefa e deram uma imagem muito honrosa da Argélia e da democracia na Argélia. Esperamos que isto sirva de exemplo para outros”, disse Abdelmadjid Tebboune.
No domingo (08.09), as autoridades eleitorais informaram que 5,6 milhões dos cerca de 24 milhões de eleitores compareceram às urnas, e anunciou que Tebboune obteve 94,7% dos votos do dia anterior, ultrapassando largamente os seus adversários, o islamista Abdelali Hassani Cherif, com apenas 3,2% dos votos, e o socialista Youcef Aouchiche, que obteve 2,2%.
Segundo a agência de notícias AP, horas após o anúncio Tebboune juntou-se aos seus adversários para questionar os resultados anunciados, tendo as três campanhas emitido conjuntamente uma declaração acusando o presidente do órgão eleitoral de anunciar resultados contraditórios.
As autoridades não explicaram por que razão tinham anunciado anteriormente uma taxa de 48% de participação na altura do encerramento das urnas.
A direção de campanha do candidato do Movimento da Sociedade pela Paz (MSP), Abdelaali Hassani Cherif, denunciou “pressões sobre certos membros das mesas de voto para inflacionarem os resultados”, nomeadamente, a taxa de participação.