Dezasseis pessoas morreram em ataque perpetrados por pastores Fulanis (tribo local) contra comunidades do Estado de Plateau, no centro-norte da Nigéria, anunciou Domingo à noite a Polícia nigeriana.
No entanto, os habitantes destas comunidades referem-se a 25 mortos durante as matanças ocorridas entre 7 e 9 de Março corrente nas comunidades da localidade de Bokkos, incluindo durante uma visita do Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, a este Estado. O Comando da Polícia do Estado de Plateau confirmou igualmente a detenção de um pastor com uma arma do tipo AK 47 em sua posse.
O porta-voz da Polícia, Terna Tyopev, que confirmou esta detenção em Jos, declarou que este pastor, identificado como Muhammadu Bimini, foi capturado por elementos da Polícia Móvel a 8 de Março corrente em Daffo, na mesma região. Tyopev indicou que o suspeito foi transferido de Bokkos para a Divisão de Insvetigações Criminais (CID) de Jos, onde está a ser interrogado. Acrescentou que o Comando da Polícia desdobrou mais pessoais para restabelecer a paz nas localidades expostas a distúrbios e recomendou à população para estar calma e desencorajar a justiça mãos próprias. Responsáveis comunitários, quando informavam os jornalistas Domingo em Jos, indicaram que algumas pessoas continuam desaparecidas.
Dois responsáveis da comunidade, Mamot Adams e Macham Makut, declararam que os corpos das pessoas mortas foram encontrados e sepultados em duas valas comuns, Sexta-feira e Sábado últimos. Os responsáveis comunitários imputaram estes ataques «aos seus vizinhos Fulanis », frisando que as aldeias atacadas são as de Nghakudung, Shilim, Morok, Mandung, Faram, Filla e Hotom. Entretanto, as vilas de Dai, Kungul, Hurum, Dahua, Malul, Warrem, Josho e Ganda, foram igualmente atacadas. Mais de cinco mil pessoas foram deslocadas por estes ataques, algumas delas encontramse em campos controlados por igrejas, acrescentaram os dois responsáveis.