Um dia depois do enterro dos oito jovens, que descansam no cemitério da Funda, em Cacuaco, o Serviço de Investigação Criminal (SIC) diz estar a desenvolver investigações para se apurar as razões da morte. Os oito foram levados sob ameaças por um grupo de cidadãos armados, no dia 14 de Fevereiro e apareceram, três dias depois, mortos.
O fac- to aconteceu no bairro da Vidrul, em Cacuaco, numa zona suburbana considerada crítica em termos de criminalidade. Os oito jovens com idades compreendidas entre os 18 e 28 anos, estiveram desde o dia 14 de Fevereiro desaparecidos e, três dias depois, foram encontra- dos mortos na morgue do Hospital Josina Machel, na Câmara 5 (dos desaparecidos).
Segundo o porta-voz do SIC- Geral, Manuel Halaiwa, este órgão forense teve conhecimento do ocorrido, no dia 15 de Fevereiro, através de familiares, tendo estes dito que os oito estavam a conviver numa hospedaria, em companhia de outros jovens, quando foram interpelados por um grupo de indivíduos armados que lhes obrigou a acompanhar. “De acordo com informações preliminares obtidas através de testemunhas oculares, os jovens foram levados por quatro indivíduos ainda não identificados, que já estiveram no local antes da presença das vítimas, armados com pistolas sob ameaças de morte.
Os mesmos destruiram o sistema de vídeo- vigilância da hospedaria”, disse. Face à gravidade da situação o SIC despoletou um conjunto de acções investigativas consubstanciadas na abertura de competente processo, bem como a pronta inspecção judiciária ao local indicado pelos familiares como o sítio onde os jovens comemoravam o dia de São Valentim. O porta-voz considera que os factos reportados revelam elevada complexidade e preocupação de segurança pública, pelo que o SIC, em coordenação com a PNA, prosseguem com a realização de diligências, visando a identificação e localização dos autores deste crime para consequente responsabilização criminal.