A base da TCUL, em Viana, amanheceu com um cenário de bloqueio e crime, que ainda não foi identificado quem o promoveu, e visou a colocação de dois autocarros atravessados na rampa, impossibilitando a saída de 83 autocarros, e o furto do chaveiro com mais de 100 chaves dos autocarros.
O PCA da empresa fala em sabotagem .
No início da manhã de ontem, 11, registou-se um constrangimento no regular funcionamento dos seus autocarros, em virtude de um grupo de colaboradores da empresa (ainda não identificado) ter bloqueado a saída normal das carreiras em funcionamento, afectando a circulação dos autocarros a partir da base de Viana.
A administração da empresa mobilizou de imediato os meios necessários para repor a normal circulação dos mesmos, e para não afectar os seus utilizadores, tendo conseguido repor o normal funcionamento dos 83 autocarros, uma vez que todos os motoristas compareceram pontualmente para iniciarem o seu trabalho.
A situação está a ser devidamente investigada, com o apoio das autoridades competentes, e será depois analisada com o colectivo de trabalhadores.
O jornal OPAÍS contactou o Presidente do Conselho de Administração da TCUL, Catarino César, que esclareceu que as investigações continuam e, para o esclarecimento, o SIC ouviu o grupo de funcionários que estava de serviço, incluindo dois seguranças – que por se presumir que estejam implicados na acção, encontram-se detidos.
“Nós preferimos não usar a palavra greve, mas sim sabotagem, pois se assim não fosse, não se justificaria a chegada dos motoristas e cobradores ao local de trabalho, e que depois saíram com os autocarros.
O próprio sindicato esteve presente e repudiou esta acção. Então, acreditamos que existam outras motivações.
Nós accionamos a Polícia e está a fazer o seu trabalho para descobrir quem está por detrás desta sabotagem”, disse.
O entrevistado reafirmou que é normal que exista descontentamento, mas considera necessário que se diga exactamente o tipo de descontentamento, que se crie um caderno reivindicativo e se negoceie com a entidade empregadora, mas não se pode tomar esta atitude criminosa.
Diz ser um acto criminoso porquanto os cidadãos não só bloquearam a rampa de saída, atravessando dois autocarros, como também furtaram o chaveiro da empresa (com mais de 100 chaves de autocarros), obrigando que fossem usadas as chaves de reserva, para que os autocarros da TCUL estivessem a circular normalmente.
Entretanto, “o conselho de administração da TCUL apela aos seus trabalhadores para que se abstenham de participar em acções desta natureza, convidando-os a apresentarem as inquietações que desejam ver esclarecidas e resolvidas internamente de forma ordeira”.
Se assim procederem, acrescenta, todos sairão a ganhar – os trabalhadores, que poderão desempenhar normalmente as suas funções, e os cidadãos angolanos que diariamente precisam dos serviços prestados por esta transportadora e que não podem ser privados da utilização regular das carreiras diárias dos autocarros.