A rede, desmantela- da recentemente por peritos do Departamento de Investigação de Ilícitos Penais (DIIP), é composta por oito cidadãos, sendo sete nacionais e um de nacionalidade senegalesa, que se conheceram numa altura em que cumpriam pena no estabelecimento penitenciário do Bentiaba.
Os supostos marginais foram transferidos de diversas cadeias, como a do Cavacu (Benguela) e do Peu-Peu (Cunene), onde se encontravam a cumprir deferentes penas por terem cometidos os crimes de agressão física e sexual.
Dentre os marginais detidos, dois estão internados no Hospital-prisão de São Paulo, em Luanda, por terem sido alvejados nos membros inferiores numa troca de tiros com a Polícia Nacional durante a sua detenção e os seis estão detidos no Lubango, capital da província da Huíla.
O conjunto de malfeitores actuavam com o auxílio de um especialista em reprodução de chaves. Ao todo, este grupo de marginal furtou sete viaturas de diversas marcas com destaque para uma ambulância do Hospital Municipal do Lubango “Olga Chaves” e duas pertencentes a igual número de empresas privadas.
O chefe do DIIP da Polícia na Huíla, superintendente Pedro Cassoma, disse que no furto da referida ambulância contou com o envolvimento de um dos funcionários daquela unidade sanitária, que se encontra a aguardar a tramitação do processo em liberdade, por ter cumprido já os prazos de prisão preventiva. O então supervisor de segurança do Hospital Olga Chaves, implicado nos crimes, conheceu os seus comparsas na Cadeia do Bentiaba, onde esteve a cumprir pena por crime de agressão sexual, antes de ter sido admitido nos quadros de funcionários desta instituição.
“Quando eles voltam para a acção, concertam com ele no sentido de virem furtar a ambulância. Ele, como supervisor, aproveitou-se disso e numa noite do mês de Agosto do ano passado pegou nas chaves e as entregou a um outro marginal que as reproduziu para que viesse a busca da mesma 14 dias depois”, detalhou. Entretanto, o furto não foi consumado na data prevista pelos marginais, porque a mesma se encontrava avariada, numa oficina.
Ainda assim, o grupo não se inibiu e continuou com a missão de furtar aquele bem público. A acção delituosa no Hospital Municipal Olgas Chaves, de acordo com o chefe de DIIP na Huila, concretizou-se por volta das 21 horas do dia 7 de Outubro do ano passado.
Depois de facilitar a entrada dos seus comparsas no hospital com a cópia da chave da viatura, o supervisor de segurança convidou o motorista da referida ambulância para que saíssem, a pretesto de comprarem umas sandes, com vista a facilitar o furto da mesma. Num momento em que já havia informado todo o protocolo de segurança aos seus parceiros.