O presidente do Conselho de Administração da Sociedade Mineira de Catoca, Benedito Paulo Manuel, assegurou, ontem, que o prémio de jornalismo, instituído pela empresa, vai continuar e pediu que a classe jornalística esteja ligada ao projecto.
Benedito Manuel reconheceu o trabalho árduo realizado pelo corpo de jurados, por se tratar da primeira edição e ter um regulamento diferente dos prémios já existentes.
Vencedores
De recordar que André Deque, jornalista do grupo Rádio Nacional de Angola (RNA), colocado na província da Lunda-Norte, é o vencedor da primeira edição do Grande Prémio Catoca de Jornalismo.
A gala de premiação aconteceu ontem, em Luanda, e contou com a presença de várias entidades, entre membros do Governo, responsáveis do grupo Catoca e da comunicação social.
O quadro da RNA venceu o prémio com uma reportagem sobre a história dos antigos bairros onde habitavam os primeiros trabalhadores contratados pela empresa Diamang, para a exploração dos diamantes na região, iniciada nos anos de 1912 a 1917.
No Prémio Catoca de Jornalismo foram ainda distinguidos Paulo Miranda Júnior, na categoria de Locução, Domingos Cochi (melhor jornalista de Língua Nacional), Eduardo Leandro (jornalista do Leste) e José Rescove (reportagem), Leandro Almeida (fotografia), enquanto Maurício Vieira e Silvina Lembeno venceram no género entrevista.
O Prémio Catoca de Jornalismo está avaliado em 20 milhões e 500 mil kwanzas, tendo o grande vencedor recebido cinco milhões e os distinguidos nas diferentes categorias três milhões cada. Além do valor monetário, receberam ainda uma estatueta e um diploma.
Ao prémio concorreram 142 profissionais, tendo sido distinguidos apenas sete. Entre as candidaturas, houve boas propostas originais, como referiu o presidente do júri, Texeira Cândido.
O também secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) afirmou que o trabalho do grande vencedor é muito relevante, pois contribui para a História da exploração dos diamantes no país.
Alguns trabalhos, referiu, são relevantes, mas não cuidaram dos aspectos deontológicos, o que fez com que não chegassem longe. O líder do júri pediu aos jornalistas a não desistirem na próxima edição, pois, com mais trabalho, podem ser os próximos vencedores do Prémio Catoca.