Três cidadãos foram detidos, dentre os quais um pastor da Igreja Assembleia de Deus Pentecostal, sob acusações de pertencerem a uma rede criminosa que se dedicava a contra- facção de moeda estrangeira
A detenção desses indivíduos resulta de um trabalho desenvolvido pelo Serviço de Investigação Criminal, nos últimos três dias, segundo o porta-voz do SIC-Geral, Manuel Halaiwa. O grupo, composta por três cidadãos, destes, um pastor da Igreja Assembleia de Deus Pentecostal, uma cidadã do sexo feminino, irmã da igreja do pastor e um outro intermediário e ponto de contacto com os supostos gerentes de bancos, instalou-se no distrito urbano do Zango e no município de Cacuaco.
A operação do SIC foi levantada por conta de denúncias anónimas, e terminou com o desmantelar dessa rede criminosa que tinha como objectivo introduzir moedas falsas no circuito bancário, em conivência com funcionários dos bancos e, posterior- mente, procederem ao levantamento de notas verdadeiras. O oficial superior do SIC avançou ainda que em posse desta rede foram encontrados um montante de quinhentos dólares norte-americanos (500 USD) falsos, e dos dados apurados até agora, foi possível aferir que, se o negócio fosse bem-sucedido, este grupo depositaria quinhentos mil dó- lares (500.000 USD) falsos numa instituição bancária.
“Se não fosse a nossa pronta intervenção, o grupo teria como contrapartida o levantamento de dinheiro verdadeiro na ordem dos duzentos e cinquenta mil dólares (metade), numa primeira fase. A acção seria facilitada por funcionários de instituições bancárias”, disse. Manuel Halaiwa esclareceu que diligências continuam no senti- do de se deter outros integrantes deste grupo de malfeitores, e os cidadãos ora detidos serão presentes ao Ministério Público para ulteriores trâmites processuais.
Tentativa de venda ilegal de diamante
De contrafacção de moedas não é tudo, pois o SIC deteve, noutra acção operativa, um outro grupo envolvido nos crimes de tráfico ilícito de diamantes e contrafacção de moedas, tendo sido detidos dois cidadãos, de 39 e 47 anos de idade, em que foi vítima um cidadão de nacionalidade portuguesa de 71 anos de idade, operador de máquinas. O cidadão estrangeiro, que fez a denúncia, foi vítima de um crime de burla de mais de 14 milhões de kwanzas, que seriam para aquisição de pedras de diamantes.
“Na sequência das investigações foi possível apurar que se tratava de uma rede criminosa que se dedicava ao tráfico ilícito de pedras preciosas, bem como de contrafacção de moedas estrangeiras, no caso dólares norte- americanos”, sublinhou. Procederam a detenção em flagrante delito dos dois cidadãos nacionais, principais integrantes do grupo, no distrito urbano das Ingombotas, município de Luanda, concretamente na zona do Baleizão. Em posse dos mesmos foram encontradas 18 pedras de diamante, três cofres (contendo, no interior de um destes, 2.400 dólares americanos).