O país regista uma média diária de cento e 87 crimes de tipologias diversas, o que representa uma taxa relativamente baixa, revelou, ontem, em Luanda, o secretário de Estado para o Interior, José Paulino Cunha
O governante, que falava durante a apresentação do tema “Desafios da Segurança Pública em Angola”, no âmbito da 2.ª ses- são da Rubrica Comunicar por Angola, justificou que se trata de uma taxa relativamente baixa, uma vez que se regista 205 crimes por 100 mil habitantes, numa população estimada em mais de 35 milhões.
José Cunha garantiu que esse nível demonstra ainda tendência de baixar, face aos trabalhos que as forças têm vindo a realizar, bem como as políticas implementadas pelo Executivo, que passam pelo recrutamento e formação de efectivos, melhoria das condições técnicas e operacionais, a modernização tecnológica, bem como criação de projectos de reintegração social para ex-reclusos. Sem avançar número, disse que as províncias de Luanda, Benguela, Huambo, Malanje e Uíge, continuam a liderar a lista com maior índice de crimes, sobretudo no seio familiar (intra-muros), segundo a Angop.
Durante a abordagem, o secretário de Estado fez uma incursão sobre as prioridades do Programa de Segurança Pública, tendo destacado o recrutamento e formação de novos efectivos. O apelo ao contínuo trabalho de sensibilização da população sobre adopção da cultura de denúncia e a melhoria dos trabalhos de investigação criminal para melhor tramitação, bem como esclarecimentos dos casos, também constam das prioridades do referido programa.
Quanto à modernização tecnológica da instituição, José Cunha fez referência a criação do CISP, como uma ferramenta que tem ajudado significativamente no esclarecimento de vários casos crimes, como também no ordenamento do trânsito e distribuição das forças em locais propensos à prática de crimes. No que toca aos serviços penitenciários em prol da segurança pública, o responsável revelou que estão a ser desenvolvidos programas a nível das cadeias do país, num sentido de reduzir significativamente a taxa de reincidência, com o desenvolvimento de projectos específico de educação e formação técnico profissional, a fim de melhor reintegração social.
Porém, o secretário de Estado para o Interior afirmou ainda que a melhoria da situação de segurança pública passa também pela melhoria das capacidades técnicas e operacionais dos efectivos e o melhoramento do programa de acompanhamento de saúde para auferir a condição física e mental. Assim sendo, sublinhou que o crescimento populacional que dá lugar ao surgimento de vários bairros dificultam a cobertura policial, mas, esclareceu, a grande tarefa tem sido actuar em todos os bairros do país.
A rubrica Comunicar por Angola faz parte de uma Estratégia da Comunicação Institucional do Executivo 2023-2027, que com- porta, entre outras acções, a narrativa da comunicação política e estratégica, eventos regionais e internacionais, serviços de gestão, monitorização e comunicação digital, comunicação de crise e o Plano de Media Training para governantes e servidores.