Era para ser um grupo da 6ª Comissão Parlamentar a encontrar- se com o Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior (SINPES), a fim de, juntos, verem a possibilidade do reatamento das aulas já no dia 12 do mês em curso, mas, segundo o líder sindical, só apareceu um deputado
Eduardo Peres Alberto, secretário-geral do SINPES, considerou, por isso, a mediação como uma tentativa que esvazia a vontade de o arranque acontecer já na próxima Sexta-feira, a não ser que o Estado se predisponha a resolver os passivos para com os professores universitários até ao dia 11 de Maio.
“Se o encontro dessa Terça- feira se referia à concertação com um grupo da 6ª Comissão Parlamentar, encarregue de acompanhar e tratar assuntos tendentes ao ensino superior e aparece apenas o coordenador Narciso Benedito, isso representa falta de preocupação sincera da parte do Executivo e ofusca ainda mais a retoma das sessões lectivas nas instituições do ensino superior estatal”, disse Eduardo Peres Alberto.
Para o sindicalista, a posição do único representante do grupo de uma comissão, que se esperava representativa, conforme fez questão de referir, agravou ainda mais a situação da greve, quando o mesmo procurou insistir numa proposta de atendimento na ordem dos 12 por cento da exigência salarial dos docentes universitários. O interlocutor do Jornal OPAÍS aproveitou essa ocasião para refutar informações relaciona- das com o SINPES, que incitam o público a entender que o referido sindicato admite para Sexta-feira, 12, o reinício das aulas.
“É preciso repetir que os nossos filiados só voltam a leccionar, a partir do dia 12 de Maio, se o Executivo satisfizer os pontos não resolvidos e que têm a ver com salários condignos, seguro de saúde e a reposição do subsídio de risco aos agentes físicos e biológicos” realçou o secretário-geral da organização sindical. A greve dos professores do ensino superior data desde finais de Fevereiro, perfazendo, deste mo- do, três meses de paralisação de aulas, até ao arranque das sessões lectivas acontecer a 26 de Maio, altura em que não estará em voga a efectivação ou não das promessas do Governo