Os centros de aconselhamento familiar do MASFAMU atenderam um total de 8.348 casos de violência doméstica, em onze províncias, no ano de 2022. Apesar de o número de mulheres que sofreu violência ser maior, 6.243, nos dados apresentados, um total de 2.105 homens foram vítimas do mesmo problema
Em Angola, a violência a baseada no género é um tema que muito preocupa os dirigentes e tem merecido a atenção do Executivo, segundo a secretária de Estado da Família e Promoção da Mulher, Alcina Lopes Quindanda.
Durante o ano de 2022, segundo o MASFAMU, os centros de aconselhamento familiar atenderam cerca de 8.348 casos de violência doméstica em onze províncias, sendo 2.105 casos praticados contra homens, e 6.243 contra as mulheres, distribuídos nos mais diferentes tipos de violência.
A secretária do Estado apresentou aqueles dados nesta segunda- feira, 27, em Luanda, na abertura da VI Conferência Nacional sobre a Mulher e a Violência Baseada no Género, actividade que decorre no âmbito dos 16 dias de activismo da campanha nacional pelo fim da violência contra a mulher e a menina, que termina no dia 10 de Dezembro.
A campanha nacional, que decorre sob o lema “prevenir a violência contra a mulher e a menina para se garantir a unidade no seio das famílias angolanas”, vê esta situação como um problema público e de direitos humanos que impacta negativamente na vida de muitas famílias e mulheres ao ponto de ceifar vidas humanas e desestruturar as famílias no país e no mundo em geral.
“Com a campanha nacional contra a violência doméstica, pretendemos reforçar a parceria entre os diferentes intervenientes nesta causa social, conscientizar e sensibilizar a população no sentido de mudarem de mentalidade. Devemos reprovar qualquer tipo de comportamento de violência baseada no género e privilegiar o diálogo como a via mais certa na resolução das diferenças existentes entre nós”, disse