Até ao momento 106 mil e 813 agregados familiares estão a beneficiar do programa de fortalecimento de protecção social Kwenda, na província do Cuanza-Sul, de um total de 171 mil e 813 cadastradas em seis municípios
A equipa do Kwenda, no Cuanza-Sul, prossegue com a entrega dos valores no município do Ebo, onde se prevê pagar mais de 27 mil agregados familiares, de um universo de 171 mil e 783 famílias cadastradas naquela província.
Dos 12 municípios desta província, o programa Kwenda está a ser desenvolvido em sete, e em quatro deles está a ser implementado a componente da transferência social monetária do programa em questão. No primeiro trimestre de 2024, o município da Conda começa a registar as próximas famílias a serem contempladas com as transferências.
Segundo a directora do Instituto de Desenvolvimento Local (FAS), Carolina Aguiar Sanito, no município do Ebo faz-se o pagamento da 5ª e 4ª prestações, enquanto simultaneamente decorrem as transferências sociais monetárias nas localidades do Seles, Quilenda e Cassongue.
Nestes quatro muni- cípios foram desembolsados nove mil milhões e 930 milhões e 804 mil kwanzas. A população beneficiária do pro- grama, depois de receber o valor da prestação, é encaminhada para um diálogo com os ADECOS, que orientam como gastar o dinheiro.
“Pelos depoimentos que temos recebido dos chefes dos agregados familiares, os valores estão a ser bem aplicados, sobretudo em acções relacionadas com a preparação de terra, aumento e diversificação do tipo de cultivo, aquisição de adubos, materiais agrícolas, entre outros bens”, disse.
A directora do FAS no Cuanza-Sul acrescentou ainda que, em 2024, o grande desafio é cadastrar mais famílias em situação de vulnerabilidade, para que se mantenha a confiança dos agregados no programa Kwenda. Quem confia no programe é Mariano Soma, um agricultor da região que recebeu 66 mil e sonha, com este valor, aumentar a sua produção agrícola, fazer algum negócio e comprar alimento para a sua família.
Mariano aproveitou os microfones da imprensa para dizer também que gostaria de ver melhorado o acesso às localidades, uma vez que tem sido muito difícil, sobretudo na época chuvosa, situação que afugenta os camiões e carrinhas que recolhem os produtos do campo. Por outro lado, ouvimos também Antonica Manuel, outra beneficiária que já recebe a 5ª prestação.
Com o dinheiro, Antonica vai preparar a próxima época de plantação que se avizinha, pois pretende comprar mais sementes de bata- ta rena, cebola e feijão, bem como adubos e fertilizantes. “Estou muito feliz porque, com isso, tenho condições de cultivar na próxima campanha agrícola. Vou colher o milho que plantei e vou comprar mais sementes para voltar a cultivar, para além doutros bens”, disse.
Administrador apela ao bom uso dos valores
O administrador municipal do Ebo, António Quituxi, apelou à população a que faça o bom uso dos valores que recebem, pois, para além de comprarem alimentação, não devem deixar de investir nalgum negócio ou reservar dinheiro para alugar um tractor e preparar a terra para a próxima campanha agrícola. Lembrou também que o Kwenda é a forma que o Executivo encontrou para minimizar os problemas do povo, tal como o Programa de Combate à Pobreza.
António Quituxi referiu que a sua localidade vive de energia eléctrica vindo de fonte alternativa, de um grupo de geradores, pelo que a maior preocupação actualmente consiste em ultrapassar este constrangimento. Entretanto, já têm luz verde do Executivo, e dentro em breve serão contemplados com uma subestação móvel.
Acredita que, com isso, haverá fábricas na região, que virão melhorar a questão da falta de escoamento dos produtos do campo. Projectos do PIIM concluídos a 100% A nível do município do Ebo, segundo o administrador, todos os projectos ligados ao PIIM foram construídos com êxito. Fala-se em três escolas, um posto médico de 30 camas, passeios lancis, bem como a aquisição de geradores.
Segundo o seu administrador, existem bairros onde não há escolas, contudo a direcção municipal optou em construir três salas anexas em cada ponto. Outro constrangimento do município são as vias de acesso entre as comunas e a sede municipal, pois que as chuvas também têm contribuído para o mau estado das vias, porém, nos próximos tempos, irão construir pontes e colocar pedras nas ruas.