Um cidadão, que responde pelo nome de Marcelino Jamba, de 29 anos de idade, foi detido pela Polícia Nacional no Cubal, por ter desenterrado e cortado o cadáver da menina Regina Fiqueia, de 2 anos de idade, e, de seguida, tentado consumir a carne, depois de cozida por si
O facto arrepiante aconteceu no município do Cubal, província de Benguela. O acusado só não consumiu a carne humana porque tinha sido surpreendido por familiares seus e da menor. Estes fizeram-se ao local e o agrediram. De acordo com a Polícia Nacional no Cubal, o cidadão, acreditando em prática de feitiçaria, foi ao cemitério local, no período nocturno, de onde desenterrou o cadáver, cozinhou-o para, logo a seguir, consumir a carne, mas viu os seus intentos frustrados porque te- ria sido avistado por alguém que, prontamente, alertou os familiares da menor.
“Cumpre-me o dever de informar que o piquete integrado do Comando Municipal da Polícia Nacional de Angola no Cubal tomou conhecimento, através do Posto Policial da Yambala, de que, na Aldeia de Kafilili, o cidadão que responde pelo nome Marcelino Jamba, de 29 anos de idade, por volta das 19 horas do passado dia dia 30 de Março do ano em curso, foi ao cemitério da mesma aldeia e desenterrou um cadáver da menor que em vida respondia pelo nome de Regina Fiqueia ‘Gigi’, de 2 anos de idade”, explica o porta-voz do comando provincial da Polícia Nacional, superintendente-chefe Ernesto Tchiwale.
O cidadão em causa cortou a cabeça do cadáver mesmo no campo santo e, depois, levou os pedaços para a sua casa, colocando-os a cozer numa panela. “Enquanto tentava comer a carne, foi sur- preendido por um familiar seu e ao mesmo tempo da menor”, refere, aquele oficial superior. Ernesto Tchiwale realça que a Polícia foi accionada, em função do alvoroço criado na casa do acusado, para a salvaguarda do bem vida. Os agentes fizeram-se ao local e acabaram por retirar o ofendido de lá e levá-lo à esquadra.
“Constatou-se a veracidade dos factos, mas antes da chegada ao posto da Yambala, os populares envolveram o posto policial com intuito de retirar o acusado da alçada da PNA para o matar”, contou. As forças da ordem tudo fizeram para impedir que Marcelino Jamba fosse linchado, como era desejo da população com os nervos à flor da pele pelo sucedido. Porém, ainda assim, aqueles não conseguiram evitar que ao ofendido lhe fosse arrancado um dos testículos.
“Graças à pronta intervenção das forças policiais foi possível resgatá-lo, mas o mesmo arrancaram- lhe um dos testículos, e foi assistido no Hospital Municipal local”, disse a O PAÍS. Segundo o porta-voz, indagado, em sede de interrogatório policial, o ofendido respondeu que fez aquilo por crença em feitiçaria, tendo revelado que aquela é a segunda cabeça por si cozinhada e consumida, sendo o primeiro acto ocorrido em 2021, embora Ernesto Tchiwale não tenha explicado qual era a sua principal motivação.
POR: Constantino Eduardo, em Benguela