O director do Gabinete Provincial de Estudos, Planeamento e Estatísticas (GEPE), Miguel Luzolo, assegurou, em declarações este jornal, que oitenta casas, parte das 900 casas anuncia- das por Luís Nunes, no Bocoio, já estão em construção e que o Governo Provincial de Benguela aguarda por outros aportes financeiros para a construção de outras
Luís Nunes anunciou, este fim-de- semana, no município do Bocoio, que o Governo está a construir perto de 900 casas, 600 das quais evolutivas, destinadas a cidadãos que vivem em zonas descritas como sendo de risco e não só. Estas acções estão circunscritas no Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2023 destinado à província de Benguela, segundo constatação deste jornal, reforça- da pelo director do GEPE.
No orçamento da província, é possível vislumbrar, igualmente, a construção de casas para pessoas em zonas de riscos. Contactado por este jornal a propósito do anúncio feito pelo governador, o director provincial do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatísticas, Miguel Luzo- lo, assegurou que estão já em curso a construção de 80 casas em Benguela, tendo esclarecido que as 300 casas se destinam à urbanização dos Cabrais, no município da Catumbela.
O responsável do GEPE refere que os 300 fogos, a que se junta as 600 casas ora anunciadas, vão ser construídos paulatinamente de acordo com a disponibilidade financeira, daí que o Governo Provincial de Bengeuela tenha apelado a Luanda. “Estamos a pedir mais”, disse Miguel Luzolo, numa conversa telefónica com este jornal. Segundo consulta feita por este jornal, em relação à construção de casas na urbanização dos Cabrais, um decreto presidencial, publica- da em Diário da República, aprova um orçamento na ordem de 1,5 mil milhões de kwanzas.
Na sua comunicação, o governador não precisou os orçamentos nem avançou datas para o arranque das referidas empreitadas, mas manifesta optimista em relação à inversão do quadro social da população com os projectos a que o MPLA, na qualidade de parti- do governante, se propõe, circunscritos na agenda política para 2023. Sobre as vias de comunicação, Luís Nunes garantiu que vai concluir a asfaltagem das vias urbanas das sedes municipais do Cubal, Ganda e Balombo, a reabilitação dos troços de acesso de sedes municipais às comunais, sobretudo localidades com potencial agrícola, de forma a permitir a livre circulação de pessoas e bens. “De igual modo, vamos construir 300 fogos habitacionais e 600 casas evolutivas para o realojamento de famílias que vivem em condições precárias e em zonas de riscos”, explicou.
Benguela terá novos hospitais
Ao se dirigir aos habitantes do município do Bocoio, na qualidade de primeiro secretário do comité provincial MPLA, o também governador apresentou “uma mão cheia de obras”. De acordo com o governante, prevê-se, para este ano, a construção de um hospital sanatório, construção de hospitais psiquiátrico e um com categoria regional do Cubal, além de se proceder, no Bocoio, à ampliação do “hospital municipal, que terá a qualificação de hospital regional, para atender com maior qualidade e mais especialidades médicas”, assegurou.
Segundo o governador de Benguela, a nível da província vão ser desenvolvidas uma série de acções nos vários domínios socio-económicos para 2023, com vista à melhoria das condições de vida das nossas populações, com destaque para os sectores da educação. “Concluiremos 43 escolas e a construção de 50 escolas novas, garantindo, deste modo, um processo de ensino e aprendizagem de qualidade para os nossos alunos. Considerando que o país só se desenvolve com pessoas saudáveis.
A saúde constitui, igualmente, prioridade das nossas acções”, garante, sublinhando, pois, que, lança- da que está a agenda, grandes desafios esperam para o seu partido no presente ano de 2023, na perspectiva de materialização das promessas eleitorais de 2022. O sector da energia e águas também merecerá atenção do governo local com a ampliação da capacidade de produção das centrais térmicas e da rede de distribuição de energia, ao que se junta a ampliação da capacidade de produção de água e da rede de abastecimento, com ligações domiciliares, em to- dos os municípios.“Estas acções, que serão desenvolvidas durante este ano, têm um único objectivo, que é o de tornar Benguela cada vez mais desenvolvida e inclusiva, uma Benguela que seja de todos e para todos, uma Benguela de que todos nos orgulhamos”, deseja.
POR: Constantino Eduardo, em Benguela