A feira de saúde, realizada no distrito urbano da Estalagem, concentrou-se na especialidade de estomatologia onde foram diagnosticados muitos casos de periodontite severa, periodontite aguda, mobilidade dentária do grau II e III, cárie dentária elevada e feitas extracções de dentes.
Segundo o presidente da Câmara Representativa dos Profissionais de Diagnóstico e Terapêutica de Angola (CRPDTA), Isaac Ecumbissa, que organizou o evento, mais de 6 mil pessoas foram atendidas nesta região.
O especialista disse que, tendo em conta o elevado número de pessoas que afluíram à procura daquele serviço na feira, houve a necessidade de se expandir o tratamento, não ficando apenas na estomatologia, mas também na optometria e clínica geral. O entrevistado defende que actividades do género devem ser frequentes, no seio das comunidades, para desafogar as unidades sanitárias de referência.
“Tivemos uma equipa multi- disciplinar, de profissionais que vieram dos Estados Unidos da América, 17 especialistas, desde médicos, farmacêuticos, psicólogos, entre outros. Trouxeram medicamentos, pastas de dente, escovas, colírio específico para dor de dente e problemas na gengiva, etc.”, disse.
A feira da saúde na comunidade, para a câmara, representa mais um cumprimento das actividades e obrigações como entidade reguladora, concernente à relação bilateral com as instituições públicas e privadas.
A câmara, neste momento, trouxe para o reforço diversas especialidades como estomatologia, análises clínicas, fisioterapia, farmácia, optometria, que são os trabalhos disponíveis para ajudar no atendimento da população.
Comunidade clama por mais feiras de saúde
Por causa do problema da pressão arterial baixa, Constância Monteiro, de 61 anos, residente no município de Viana, no bairro Horizonte, procurou os serviços médicos que estavam disponíveis na Estalagem. Fez a consulta, passaram-lhe a receita, recebeu a medicação no mesmo local e foi orientada pelos médicos no sentido de controlar a pressão todos os dias.
“Gostei da feira de saúde no nosso bairro, mas queremos que seja feita mais e dure mais tempo, pois três dias não é suficiente para atender toda a população”, disse. A preocupação com os olhos do filho de dois anos levou a que Pedro Soares aproveitasse a oportunidade para levar o seu pequeno à consulta de oftalmologia, na referida feira.
O jovem, que reside na zona do Porto Seco, ficou um pouco desanimado, porque, para a área de oftalmologia, tinha muita enchente, mas disse que actividades do género são sempre bem-vindas no seio da comunidade e devem ser realizadas mais vezes. Para finalizar, conhecemos Elizabeth de Jesus, que levou os quatro filhos para as consultas de oftalmologia, pediatria e medicina geral.
A jovem, de 39 anos, reside no bairro dos Seis Cajueiros, e manifestou que a feira da saúde estava muito cheia, pelo que deviam fazer mais para ver se o número de pessoas que preenchem os hospitais reduza.