A garantia da componente prática a favor dos estudantes foi um dos ganhos resultantes da recente cooperação assinada por algumas instituições do ensino superior de Luanda, que se comprometem em partilhar valências técnico-profissionais
De acordo com o reitor da Universidade de Luanda (UL), Alfredo Busa, que lidera o memorando, os estudantes das cinco instituições que assinaram, inicialmente, a cooperação da semana passada poderão estar descansados, quanto ao acesso aos ensaios laboratoriais e de oficinas.
“Tendo em conta que, a partir de agora, a Universidade Agostinho Neto (UAN), a Academia Diplomática Venâncio de Moura, a Universidade de Luanda (UL), a Academia de Ciências Sociais e Tecnologias (ACITE) e o Instituto Superior de Ciências da Educação de Luanda (ISCED) se comprometeram a partilhar os seus potenciais, então estudantes de uma instituição poderão ter uma formação mais técnicas e profissional na outra”, assegurou o académico, tendo acrescentado que, neste capítulo, ainda contarão com a colaboração dos institutos de ciências policiais e com o técnico militar.
Detalhando algumas valências que poderão estar ao dispor dos formandos, começou por se referir ao pendor profissionalizado que a Academia Diplomática Venâncio de Moura dá ao ensino da língua inglesa e da agregação técnica que se pode aprender na ACITE e em algumas faculdades de engenharia e ciências da UAN, bem como da componente psico-pedagógica do ISCED, que pode potenciar o formando a ser capaz de ensinar aquilo que aprendeu.
“A ideia é preparar o estudante universitário de forma integral, de modo que, findo o seu curso, ele não se veja perdido, nem académica, nem profissionalmente. Outra preocupação consiste em passar- lhe uma segurança própria, para que o recém-formado se sinta ao mesmo nível de quem foi formado no estrangeiro”, realçou o líder da cooperação entre as instituições do ensino superior de Luanda.
Ele não descarta a possibilidade de, com esse pacote e com o tempo, os estudantes formados ao nível local virem a apresentar uma performance melhor em relação a quem se forma fora do país, pelo menos no capítulo da contextualização dos conhecimentos e de outras valências apreendidas, ao longo da formação. Alfredo Busa tem a certeza que a parceria, que abre políticas de ensino há muito requeridas em Angola, estará a deixar um recado à geração vindoura de que devem andar sempre de mãos dadas.
Por isso, garantiu, durante o acto de assinatura de Quinta-feira, 26 de Janeiro, que um evento do género passará a ser realizado anualmente, a fim de que não só se renovem os compromissos celebrados, mas também para que se juntem mais instituições do ensino superior na causa.
Quadro de qualidade ao governo de Luanda
Considerado que não se formam quadros para os ver a andar à deriva, o reitor da Universidade de Luanda disse que outra intenção da cooperação ora rubricada é atribuir ao Governo da Província de Luanda (GPL), que esteve representado no certame, técnicos com potenciais reconhecidos para os mesmos poderem ajudar na busca de soluções adequadas, para se ir resolvendo os principais problemas que, recorrentemente, assolam a capital do país.
“Estamos prontos para que o GPL possa contar com a qualidade dos quadros formados nas instituições do ensino superior sedeados nessa província e fazer as pessoas acreditarem que a formação daqui, mesmo não sendo a melhor, faz alguma diferença, na sociedade. Finalmente, e em nome da cooperação, Alfredo Busa, quer contar com as valências dos professores que aprenderam muita coisa fora do país, para porem ao ser- viço dos seus compatriotas angolanos.