Os velórios da Polícia Nacional, dos Bombeiros, Quartel-General do Exército (ex-RI 20), do Cruzeiro e Kilamba constam dos espaços mais procurados pelos luandenses quando a infelicidade “bate à porta”, com um custo a partir de 150 mil kwanzas por cada 24 horas de uso. O Governo Provincial de Luanda reconhece os constrangimentos e garante reabertura para breve dos dois únicos velórios públicos que neste momento estão encerrados para obras
O encerramento dos dois únicos velórios públicos que existem em Luanda, nomeadamente do Cemitério da Santa Ana e do Benfica, está a forçar o encarecimento de preços dos espaços de iniciativas privadas, o que cria sérios constrangimentos para mui- tos cidadãos quando são confrontados com situações de infelicidade.
O Velório Provincial de Luanda, no Cemitério da Santa Ana, construído em 2012, foi encerrado em 2019 no âmbito das medidas de combate à Covid-19. Pelos mesmos motivos, também foi fechado o existente no Cemitério do Benfica, ambos construídos com fundos públicos.
Consequentemente, com o encerramento destes dois estabelecimentos, muitos cidadãos que vivem em espaços “apertados”, na impossibilidade de pagar um velório privado, cujos valores iniciais começam a partir dos 150 mil kwanzas para um período de uso de 24 horas, são obrigados a realizar o óbito dos seus entes queridos em locais inapropriados como rua, parque de estacionamentos ou solicitar a ajuda de vizinhos que dispõem de quintais maiores.