O Centro Integrado de Segurança Pública no Lubango, capital da província da Huíla, recebeu desde a sua criação, um total de 600.025 chamadas na sua linha de atendimento ao público, destas, apenas 12 mil foram verdadeiras, perfazendo um total de 588.025 chamadas falsas
A informação foi avançada, ontem, na cidade do Lubango, pelo director do Centro Integrado de Segurança Pública (CISP), Jorge Gomes, tendo acrescentado que das mais de 12 mil chamadas verdadeiras recebidas foi possível deter 750 cidadãos como presumíveis autores de crimes, entre nacionais e estrangeiros. Dos crimes registados pelas câmaras de videovigilância do CISP, destacam-se os roubos de viatura, contravenção das normas do código de estrada, cárcere privado e roubo na via pública.
Segundo o director, desde que foi criado na Huíla, a instituição que dirige tem vindo a contribuir para a investigação de vários deli- tos, ajudando assim diversas instituições que trabalham na administração da justiça, com destaque para o Serviço de Investigação Criminal e os Tribunais. “Temos estado a receber solicitações dos órgãos que intervêm na investigação de diversos crimes, bem como na descoberta da verdade material, de vários casos que são introduzidos em juízo, sobretudo daqueles crimes cometidos em zonas em que existam as câmaras do CISP, o que tem ajudado na decisão dos Tribunais”, disse.
Por outro lado, Jorge Gomes revelou que, recentemente, um Centro Integrado de Segurança Pública interveio num caso de cárcere privado tendo sido vítimas quatro jovens, com idades compreendi- das entre os 17 e os 22 anos, ocorrido no bairro Nambambe, arredores da cidade do Lubango. Uma das vítimas tinha o telefone consigo e ligou para o 111, que prontamente accionou a Unidade de Reacção e Patrulhamento (URP), tendo permitido a detenção dos autores deste crime. O interlocutor reconheceu que a cobertura do CISP ainda não abrange todo o casco urbano do município do Lubango, sendo que as câmaras estão instaladas apenas nas zonas estratégicas da cidade. Entretanto, estes dispositivos têm contribuído para a recuperação de viaturas roubadas em várias províncias do país.
O responsável garantiu que existe uma outra fase de instalação de câmaras nos locais mais críticos, no que à criminalidade diz respeito, não só no município do Lubango, mas ali onde haja a necessidade de se instalar. Esta fase prevê ainda a cooperação entre o CISP, entidades colectivas e singulares que possuam sistemas de vídeo vigilância. “Temos um desafio de expandir os serviços do CISP. Por isso, haverá uma segunda fase para a execução deste processo. Temos alguns pontos em que o CISP ainda não se faz presente, mas temos garantias de que esta fase arranque ainda este ano. Vamos também fazer chegar os nossos serviços noutros municípios da província da Huíla”, garantiu.
POR: João Katombela, na Huíla