O Serviço de Investigação Criminal, através de uma denúncia, deteve, na Segunda-feira, um cidadão nacional, de 33 anos, com mais de 70 barras de carris ferroviários provenientes do Moxico. O material ferroso foi retirado dos Caminhos-de- ferro de Benguela e foi transportado para Luanda para ser comercializado. O cidadão, que foi detido em flagrante delito no momento em que estavam a descarregar o material no interior de uma empresa siderúrgica, é ajudante de camião, enquanto o motorista e outros envolvidos encontram-se em fuga.
O camião em causa veio da província do Moxico para ser descarregado na capital do país, sendo que no percurso da viagem, para escaparem da fiscalização dos postos policiais existentes, dissimularam as barras de carris ferroviários em várias sucatas pelo facto de não ser possível a descarga completa do material que carregavam para uma inspecção intrusiva. Segundo o porta-voz do SIC-Geral, Manuel Halaiwa, a direcção central de Combate ao Cri- me Organizado deste órgão de investigação recebeu uma denúncia que dava conta da existência de um camião contentorizado contendo materiais ferrosos e de forma dissimulada várias barras de carris de caminho-de-ferro, pelo que desencadeou, na Segunda-feira, acções investigativas.
“O cidadão foi detido no interior de uma empresa siderúrgica, localizada no município de Viana, quando fazia a descarga do camião contentorizado contendo mais de 70 barras de carris ferroviários, com 12 metros de comprimentos, provenientes do município de Luena, no Moxico”, sublinhou. Manuel Halaiwa disse que no total foram apreendidos 700 metros de carris ferroviários cortados, pertencentes aos Caminhos de Ferro de Benguela e que diligências prosseguem para desbaratar essa rede criminosa que se dedica à vandalização de bens públicos.
“Já foi presente ao Ministério Público para os ulteriores trâmites processuais, enquanto diligências prosseguem para determinar e deter o motorista do camião em fuga, bem como outros envolvidos. Toda- via, o SIC apela aos cidadãos a denunciarem a vandalização de bens, de formas a protegermos o património colectivo”, finalizou