A forte chuva, acompanhada de ventos e trovoadas, que se abateu, Domingo, sobre a cidade de Cabinda, causou a morte de seis pessoas e 13 outras ficaram feridas, transportadas de emergência para o hospital provincial
Das pessoas feridas, 12 já receberam alta médica e uma se encontra ainda no hospital provincial de Cabinda a receber cuidados médicos.
As vítimas mortais residiam nos bairros Lombolombo, Cabassango e 1° de Maio. No Lombolombo, morreram mãe e filha dentro de casa, quando uma viatura de marca Toyota Hillux irrompeu contra a residência, depois de ser arrastada das encostas do troço Cadula/ Lucola.
A terceira vítima é um cidadão nacional de 43 anos que ficou soterrada devido ao deslizamento de terras no bairro Cabassango, enquanto as duas vítimas do bairro 1° de Maio morreram electrocutadas.
Para além das vítimas humanas, a chuva que caiu durante cinco horas (10 às 15 horas) provocou ainda a inundação de 1.760 residências, dentre as quais 702 no bairro 4 de Fevereiro, 119 (Gika), 228 (Lombolombo), 369 (Chiweca), 121 (Tchizo) e 119 no Povo-Grande.
De acordo com dados provisórios divulgados, ontem, pelo Centro Provincial de Coordenação Operacional de Protecção Civil, um total de 30 infra-estruturas ficaram inundadas com destaque para 24 estabelecimentos comerciais, três escolas, dois postos de saúde e duas igrejas, enquanto nove casas desabaram no bairro Cabassango, duas no Lombolombo e uma no 1° de Maio.
Segundo Henrique Brás Capita, coordenador do Centro Operacional da comissão provincial de Protecção Civil, a pista do aeroporto Maria Mambo Café ficou totalmente inundada o que impediu a aterragem de aeronaves, no Domingo.
“Fruto dos trabalhos de desassoreamento da vala de drenagem adjacente à pista realizados pela equipa técnica, conseguimos escoar a água e hoje a pista está operacional.”
Os bairros mais afectados são os que se encontram nas zonas baixas da cidade, nomeadamente Lombolombo, Chiweca e Povo Grande, sendo catologadas como zonas de risco.
Segundo Henrique Capita, os trabalhos de apuramento dos danos causados pela chuva continuam e quatro equipas de operacionais estão desdobradas em várias frentes nos diversos bairros perféricos da cidade.
“A comissão provincial de Protecção Civil concebeu um programa prévio de intervenção para apoiar as vítimas nas questões de habitabilidade e alimentação.”
Henrique Capita, que é igualmente comandante provincial de Protecção Civil e Bombeiros, apelou aos cidadãos que se encontram nas zonas propensas a inundações, linhas de passagem de águas e nas encostas das montanhas a abandonarem essas áreas.